“Nunca vi um governo tão incompetente”, diz Alvaro

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Na avaliação de Alvaro Dias (PSDB), novo líder da oposição no Senado, o binômio “incompetência e corrupção” foi que conduziu à crise econômica e ética enfrentada hoje pelo Brasil. “Em mais de 40 anos de vida pública, nunca vi um governo tão incompetente como estou vendo agora”, disse ontem em Cascavel. Para sustentar sua conclusão, Alvaro ressaltou que, mesmo diante de um cenário terrível e que compromete seriamente o futuro do País, não houve nenhuma mudança no que se refere à prática administrativa por ocasião da posse do novo governo. “Não se extinguiu um único ministério e não se usou critérios adequados para a escolha dos novos ministros”. As informações são d’O Paraná.

“A incompetência é que determina a elevação de impostos a cada crise. O que precisamos não é aumentar a receita, mas sim diminuir a despesa. Além do inchaço da máquina para atender toda a base de apoio, o governo adota paralelismos que gastam demais, superposição de ações e não faz nada de concreto para estancar a corrupção que corrói o patrimônio público. É um verdadeiro balcão de negócios”, sentenciou.

Sobre o escândalo da Petrobras, Alvaro Dias lembrou que esse já era um fato anunciado há muito tempo. “Quando muitos estavam debaixo da cama escondidos, eu estava propondo a CPI Petrobras em 2009, e as denúncias feitas por mim na época hoje se confirmam. O brasileiro foi apunhalado pelas costas”, declarou, elogiando o trabalho que a Polícia Federal e a Justiça Federal vêm desempenhando nesse caso.

O senador defendeu uma investigação idêntica no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). “Se quebrarmos também essa caixa preta, vamos revelar novos desvios monumentais de dinheiro público, inclusive empréstimos sigilosos para Cuba e Angola”, revelou, assinalando que “se tivéssemos um governo competente e austero, poderíamos fazer com a mesma arrecadação quatro, cinco ou seis vezes mais do que se faz hoje”.

Impeachment

Questionado sobre o afastamento de Dilma Rousseff (PT), tese defendida por algumas correntes políticas, Alvaro Dias foi cauteloso. “Precisamos ver qual o real envolvimento da presidente e buscar razões jurídicas irrefutáveis. Não podemos ficar falando em impeachment irresponsavelmente, mas evidente que se chegarmos à conclusão de que a presidente não tem mais condições de governar o País, não há outro caminho”, sustentou. Lembrando que o Brasil é hoje um País “com instituições devidamente consolidadas, não uma república de bananas”, o senador alertou que não é hora de oportunismo. “Vejo que as coisas estão avançando muito bem na área judiciária e a nós cabe dar apoio para que esse trabalho não sofra dificuldades de continuidade”, ressaltou.

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