13º salário reforça a renda das famílias e injeta quase R$ 370 bilhões na economia brasileira

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O pagamento do 13º salário é um dos momentos mais relevantes do calendário econômico do país. Segundo estimativa do Dieese, em 2025 o benefício deve injetar R$ 369,4 bilhões na economia — um volume de recursos equivalente a quase 3% do PIB nacional. É uma das maiores transferências de renda do ano, responsável por aquecer o comércio, movimentar o setor de serviços, impulsionar contratações temporárias e reduzir a inadimplência.

Mesmo assim, o 13º salário segue sendo alvo de críticas de setores que enxergam o direito como um “custo”. O que esses discursos negligenciam é justamente o fator determinante que faz esse montante existir: o trabalho formal protegido pela CLT.
– Sem carteira assinada, não há 13º.
– Sem 13º, não há injeção bilionária.
– E sem essa circulação extraordinária de recursos, o país perde dinamismo e poder de consumo.

O impacto é especialmente significativo para trabalhadores de setores essenciais, incluindo os profissionais representados pela FENASCON – Prestação de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo; Mão de Obra Temporária; Asseio e Conservação; Limpeza Urbana; e Áreas Verdes. Essas categorias têm papel central no funcionamento das cidades e dos serviços públicos e privados, especialmente no fim do ano, período em que aeroportos, centros comerciais, parques, praças e prédios de grande circulação intensificam suas atividades.

Para esses trabalhadores, o 13º salário é mais do que uma gratificação: é uma ferramenta de estabilidade financeira. Ele permite organizar o orçamento, enfrentar despesas típicas de fim e início de ano e reduzir o endividamento, fatores decisivos para famílias que dependem exclusivamente do salário mensal para manter seu padrão de vida.

O presidente da FENASCON, Paulo Rossi, destaca que o benefício segue sendo uma das principais garantias de proteção econômica e social no país: _“O 13º salário demonstra, ano após ano, a importância do trabalho formal. É um direito que reforça a renda do trabalhador e movimenta a economia de forma imediata. Quem defende o Brasil que cresce precisa defender também o conjunto de direitos que permite essa circulação de recursos.”_

Rossi lembra que grande parte dos recursos injetados pelo 13º vai diretamente para o consumo, onde estão as necessidades reais dos trabalhadores: _“Esse dinheiro volta para o comércio, para o setor de serviços, para o transporte, para o pequeno negócio. Ele gera empregos temporários, fortalece empresas e dá fôlego ao país. É um ciclo que beneficia toda a sociedade.”_

O 13º salário, portanto, cumpre duas funções essenciais:

– Protege a renda do trabalhador, garantindo dignidade e capacidade de organização financeira;

– Move a economia, funcionando como um estímulo de grande escala com efeitos imediatos.

Em um país que depende da força do trabalho para manter suas cidades operando, o 13º permanece como uma das mais relevantes políticas de distribuição de renda e dinamização econômica, e como um direito que precisa ser preservado.

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