Por apenas um voto de diferença tesoureiro do PT, e sob protesto de aliados, João Vaccari Neto tem quebra de sigilo aprovado
Apesar dos protestos de parlamentares do PT e da base aliada, a CPI mista da Petrobrás deferiu pedido de parlamentares da oposição para a quebra dos sigilos telefônicos, fiscais e bancários de João Vaccari Neto, atual tesoureiro do partido da presidente Dilma e do ex-presidente Lula. Vaccari Neto foi um dos acusados pelo doleiro Albnerto Youssef e pelo ex-diretor de abastecimento da estatal de cobrar propina de empreiteiras para realização de obras da Petrobrás.
Numa votação apertada, por 12 votos a favor e 11 contra, o pedido de apuração das contas de Vaccari foi aprovado com apoio de alguns parlamentares da base aliada e da oposição e teve seu requerimento pedido pelo deputado Rubens Bueno do PPS-PR. O pedido quebrará o sigilo de Vaccari entre 1º de maio de 2005 até 20 maio de 2014.
O senador Wellington Dias do Piauí, líder do PT no Senado foi contra o pedido e protestou. “Não tem nenhuma convocação, nenhum indiciamento, então temos aqui uma situação em que se busca apenas colocar a politização, a disputa partidária para este caso”, disse criticando a decisão da CPMI.
Esta iniciativa da CPMI que investiga a Petrobrás acontece após a última etapa da operação Lava Jato, que foi deflagrada na última sexta-feira dia 14. Nesta etapa foram presas 23 pessoas, sendo que muitos são executivos das maiores empreiteiras do Brasil além do ex-diretor de Engenharia e Serviços da petrolífera, Renato Duque.
A cunhada de Vaccari Neto, Marice de Lima teria recebido ainda cerca de 110 mil rais do esquema de Youssef e foi conduzida a prestar depoimentos na Polícia Federal.