Pelado e abandonado pelo eleitorado e pela mídia. O político que se projetou via PMDB, fazendo uma carreira que atingiu os principais cargos que imaginou, de deputado estadual a senador, de prefeito a governador, hoje é um político no esquecimento. Tanto que nem em seu partido, do qual se imaginou dono durante muito tempo, tem hoje o respeito de lima militância que mudou totalmente. Tanto que nem o respeita mais na recomendação de tentar fazer do seu filho, o Mauricio, atual deputado estadual, presidente do diretório municipal do partido.
Contrariou as normas partidárias, quis levar no grito esta eleição no MDB e agora vai ter que enfrentar uma impugnação de ato ilegal praticado partidário. O sonho do filho era assumir o comando do MDB e nas eleições municipais de 2020, sair candidato a prefeito imposto pelo pai. A jogada não deu certo, o diretório já anulou a dita convenção junto ao T.R.E, e Requião caiu do cavalo. Como sempre foi de seu estilo, fechou-se em casa, deu chute nas paredes, tomou vodka com gardenal para tentar se acalmar e ficou sozinho sob pena de provocar algum dano maior em que se aproximasse. Chorando sozinho pelos cantos sentiu que seu tempo de comando político no partido já era. E começou a analisar a possibilidade de armar a malinha e deixar o MDB. Claro que vai sair atirando, para todos os lados. Mas sabe, também, que isso de nada adiantará. Seu prestígio político ficou no passado.
PARA ONDE VAI O REQUIÃO?

Por enquanto, caminha sozinho. Cada vez mais isolado, perdendo atém o ânimo para fazer do twiter o companheiro que em outros tempos o animava a dar palpites e criticar de forma ácida seus adversários. Hoje, nem isso mais vem fazendo, porque sentiu que os internautas o esqueceram. Assim como o eleitorado. Sair do MDB e ir para o PT? Em outros tempos certamente iriam chover convites e o PT, sem dúvida, seria um dos primeiros a tentar convocá-lo par a tarefa de ressuscitar aquela sigla que vive, também, uma situação difícil tanto quanto a sua politicamente. Resta o que ? Para quem sempre viveu da polígiva e para a política, a cabeça certamente sente o vazio de situações que criava e participava com entusiasmo. Mas, e agora?
Já imaginaram Requião usando seus dotes de grande orador se transformando em um pastor evangélico a dar suas lições de vida em alguma igreja mundo afora,m falando sobre a Carta de Puebla? Não duvidem porque em se tratando de alguém que certamente não vai aceitar o papel da acomodação, recolhido em casa, sem tentar dar lições aos próximos como sempre foi de seu feitio? Requião é, por enquanto, alguém inquieto e que certamente não deixa de sonhar com o futuro, embora esteja próximo dos 80 anos quando naturalmente seria hora de pensar apenas em publicar suas memórias. Que aliás são muitas.