Prisão em segunda instância é aprovada na CCJ do Senado

PEC Segunda Instância

Na manhã desta terça-feira (10), a Comissão de Constituição e Justiça 
(CCJ) do Senado aprovou o Projeto de Lei do Senado (PLS) 166/2018, que 
possibilita a retomada da prisão em segunda instância. Foram 22 votos 
favoráveis e apenas um contrário. O projeto só foi mantido na pauta 
deste ano por decisão da presidente da CCJ, senadora Simone Tebet 
(MDB/MS), após receber um manifesto, articulado e entregue pelo 
senador Oriovisto Guimarães (PODE-PR), com assinatura de 43 senadores 
que se declararam favoráveis à matéria.

“Senhora presidente, a energia que ilumina o líder é sempre a vontade 
da maioria. Aqueles que desrespeitam a vontade da maioria não são 
líderes. A senhora é líder. Deu atenção ao documento mostrando que a 
maioria desse Senado quer sim a prisão em segunda instância. Meus 
parabéns pelo excelente trabalho de condução desse assunto”, declarou 
o senador Oriovisto.

O projeto foi aprovado logo depois que o colegiado deliberou 
favoravelmente ao pacote anticrime do Ministro da Justiça, Sergio 
Moro. Como a relatora, senadora Juíza Selma, apresentou um texto 
substitutivo, o projeto será submetido a turno suplementar na pauta da 
Comissão na quarta-feira (11). Após essa aprovação, será aberto o 
prazo de cinco dias úteis para possível apresentação de recurso para 
que a matéria seja apreciada pelo Plenário.

O senador Oriovisto solicitou à presidente da CCJ que o PLS seja 
enviado ao plenário antes do recesso parlamentar. “Eu sei que esse 
projeto será enviado ao plenário, depois de termos o turno 
complementar. Com base na sua liderança, peço que isso ocorra ainda 
este ano. E eu quero dizer que lá, no plenário, eu e muitos colegas 
vamos cobrar o tempo todo, a partir da primeira reunião, que este 
projeto seja votado. Nós não vamos admitir que a vontade da maioria 
seja desrespeitada”, concluiu o senador.

PLS166/2018

O projeto, de autoria do senador Lasier Martins(Podemos-RS), recebeu 
um substitutivo da Juíza Selma (Podemos-MT) acordado com o ministro 
Moro, e altera o artigo 283 do Código de Processo Penal, que diz que 
“ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem 
escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em 
decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no 
curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária 
ou prisão preventiva”.

O voto dos senadores sobre a prisão em segunda instância na CCJ do 
Senado nesta terça-feira (10):

Sim
Mecias de Jesus (PR-RR)
Ciro Nogueira (PP-PI)
Espiridião Amin (PP-SC)
Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE)
Marcio Bittar (MDB-AC)
Luiz Pastore (MDB-ES)
Flávio Arns (Rede-PR)
Alessandro Vieira (Cidadania-SE)
Jorge Kajuru (Cidadania-GO)
Leila Barros (PSB-DF)
Otto Alencar (PSD-BA)
Arolde de Oliveira (PSD-RJ)
Sérgio Petecão (PSD-AC)
Tasso Jereissati (PSDB-CE)
Marcos do Val (Podemos-ES)
Oriovisto Guimarães (Podemos-PR)
Alvaro Dias (Podemos-PR)
Major Olimpio (PSL-SP)
Juíza Selma (Podemos-MT)
Rodrigo Pacheco (DEM-MG)
Marcos Rogério (DEM-RO)
Jorginho Mello (PL-SC)

Não
Rogério Carvalho (PT-SE)

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