O ex-deputado estadual Roberto Acioli (PV) voltará a responder no Tribunal do Júri ao processo criminal por homicídio em que é réu. A decisão foi do desembargador Prestes Mattar depois de ter sido informado pelo Ministério Público que Acioli não se reelegeu e, portanto, não tem mais direito a foro especial. As informações são da Gazeta do Povo.
Acioli é réu na morte de Paulo Cesar Heider, em 1999. O apresentador confessou que foi autor do tiro que matou a vítima, mas afirma que o disparo, com um revólver calibre 38, não foi intencional. O caso estava tramitando no Tribunal de Justiça até janeiro em função do fato de deputados não poderem ser julgados em primeira instância. No entanto, com a nova decisão, o caso volta para a 1.ª Vara do Tribunal do Júri.
Segundo a versão apresentada pelo ex-deputado à Justiça, ele acreditava que Heider estava envolvido em um assalto à loja de sua ex-mulher. Acioli afirma que seguiu o rapaz para cobrar explicações, mas que o jovem saiu do carro de maneira brusca. Acioli, que na época não tinha cargo público, encostou o sujeito numa caminhonete. Ele alega que, ao levar uma cotovelada, o revólver, que teria usado em sua versão apenas para controlar Heider, teria disparado sem querer.
Não há data prevista para o julgamento. A defesa e a acusação já tiveram prazo para apresentar as alegações finais. Em primeira instância, caso o julgamento chegue ao final, o veredicto será dado por sete jurados escolhidos dentre a população. O juiz, nessa situação, apenas estabelece a sentença, se for o caso.