A inflação oficial do país, medida pelo IPCA foi de 8,13%

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A inflação oficial do país, medida pelo IPCA, foi de 8,13% nos 12 meses terminados em março. Ela foi pressionada principalmente pela alta de alimentos e de energia, que subiu 60,42% em 12 meses.

A variação do IPCA é a maior em 12 meses desde o período encerrado em dezembro de 2003 (9,30%), quando o país ainda sofria os efeitos da crise decorrentes das eleições presidenciais do ano anterior, que mexeu com a confiança e fez o câmbio disparar. A estimativa da Bloomberg havia sido de que chegasse a 8,20%.

O índice de inflação para 12 meses até fevereiro havia sido de de 7,7%.

Os indicadores foram divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (8) e estão entre as principais referências usadas pelo governo para determinar a taxa de juros.

“A taxa em 12 meses superou a barreira dos 8% em março e os principais aumentos são de itens essenciais de consumo das famílias, especialmente energia elétrica”, disse Eulina Nunes dos Santos, coordenadora do IBGE.

MAIOR ÍNDICE PARA UM MÊS DESDE JUNHO DE 2003

O índice fechou março em 1,32%, acima da taxa de 1,22% de fevereiro. Ele supera os 0,92% de março do ano passado e representa a maior taxa para um mês desde fevereiro de 2003 (1,57%).

Apesar disso, o aumento de 1,32% em março fica abaixo das projeções da Bloomberg, de 1,39% e do Bradesco, de 1,40%.

Ao considerar apenas os meses de março, a taxa deste ano é a mais alta desde 1995 (1,55%), primeiro ano completo do Real e período em que o país ainda vivia a transição para uma inflação sob controle –naquele ano o IPCA fechou em 22,41%.

Em março, as altas de maior destaque que mantiveram a inflação sob pressão ficaram com energia elétrica (22,08%), que correspondeu mais da metade dos índices de março, e alimentação, com 1,17%.

Também puxaram o IPCA para cima os reajustes de gasolina (1,26%) –pressionada pelo aumento de tributos– e ônibus urbanos (0,85%).

De janeiro a março de 2015, o indicador somou 3,83%.

Segundo analistas ouvidos pela Folha, o IPCA de março reforça a avaliação corrente no mercado financeiro de que a inflação neste ano ficará em torno de 9%. Se confirmado, o resultado vai superar em grande medida a taxa de 2014 –de 6,41%.

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