Justiça acata denúncia e 62 acusados se tornam réus na Operação Publicano

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De acordo com o Gaeco, o esquema consistia na cobrança de propina para livrar empresários de dívidas milionárias com o Fisco; o ex-inspetor-geral da Receita Estadual Márcio de Albuquerque Lima é considerado o cabeça do grupo investigado
As duas crises vividas pelo governo Beto Richa (PSDB) convergiram nesta semana. No mesmo dia em que o governo do Estado enfrentou o desgaste por cercar o Centro Cívico, em Curitiba, com mais de mil policiais para evitar protestos dentro da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) durante a votação da reforma da ParanaPrevidência, a juíza substituta da 3ª Vara Criminal de Londrina, Déborah Pena, acatou a denúncia do Ministério Público (MP) na Operação Publicano. O principal alvo é o ex-inspetor-geral de fiscalização da Receita Estadual Márcio de Albuquerque Lima, que teve a prisão preventiva decretada em 20 de março e está foragido há 38 dias.
Lima é considerado o chefe de um suposto esquema de cobrança de propina em troca de favorecimento à sonegação fiscal. Dele, também participariam auditores fiscais, contadores e empresários, todos agora réus por diversos crimes, como organização criminosa, corrupção passiva e falso testemunho. O JL apurou que a mulher de Lima, a também auditora Ana Paula Lima, teve a prisão preventiva decretada. Ela entrou em férias em 23 de março, três dias depois que a prisão do marido foi decretada, e deveria ter voltado a trabalhar na semana passada. Até agora isso não ocorreu.
Além do casal Lima, outras 60 pessoas se tornaram rés no processo. Entre elas, 14 estão presas e três foragidas. Os presos são dez auditores fiscais, um policial civil, uma servidora pública, um empresário e um gerente administrativo. Os foragidos são três auditores fiscais: além de Lima e de Ana Paula, Miguel Arcanjo Dias.

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