ELEITOR OBRIGADO A ESCOLHER SEMPRE O MENOS RUIM

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O governo Bolsonaro está entrando na última fase da sua administração, bastante questionado, muito contestado pelas oposições e repleto de fãs e não partidários. Seu desempenho é dos mais razoáveis, descontentando a grande maioria dos brasileiros, como mostram as pesquisas. 

Bolsonaro foi a preferência dos sem opção na última eleição porque queriam derrubar o PT e daqueles que não tinham Lula, o principal líder, como uma alternativa. Agora a concorrência é diferente, tanto que o atual presidente insiste na mudança das regras eleitorais, com o voto auditável, como uma desculpa para a existência de fraudes nas urnas eletrônicas. 

Mas há um número incontável de eleitores descontentes com Bolsonaro e que jamais votariam em Lula. Esta semana saiu uma pesquisa que revela números diferentes. Quem não pretende votar no presidente Jair Bolsonaro, nem no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima eleição são cerca de 40% do total. São aqueles que ainda aguardam uma definiçãosobre qual será o nome que representará a chamada terceira via na disputa. Até o momento, nenhum dos principais pré-candidatos demonstrou disposição de abrir mão da cabeça de chapa. 

Isso favorece Bolsonaro e Lula, naturalmente consolidados – não apenas por serem antagonistas, mas um por ser o atual presidente da República e o outro por ainda ser apontado como o principal líder das esquerdas no país. Mas vale lembrar também que até agora Bolsonaro não tem nem partido definido para formalizar sua candidatura. 

Entre os mais citados para assumir a concorrência dos dois que lideram as pesquisas estão os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Ciro Gomes (PDT); o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG); e os governadores de São Paulo, João Doria, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (ambos do PSDB). Há ainda os que defendam o nome do ex-juiz Sérgio Moro, nome pouco provável e que só pode ser consolidado se algum partido for muito insistente em oferecer uma estrutura política, vocação que Moro já demonstrou que não possui. 

O fato é que o cardápio para 2022 é dos mais tenebrosos, como tem sido ao longo das últimas eleições. E o eleitor, totalmente perdido, vai optando, entre uma eleição e outra em apostar no menos ruim. E de menos ruim, em menos ruim, que sai perdendo sempre é o País, que deixa de acompanhar o desenvolvimento mundial para estacionar em apostas políticas tão negativas como as que vimos nos últimos anos. 

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