Protesto de professores na Alep suspende sessão plenária
Ao som dos gritos de protesto dos professores que tomaram as galerias da Assembleia Legislativa na tarde desta terça-feira (19), a sessão plenária foi encerrada. O presidente da casa, o deputado Ademar Traiano, do PSDB, tomou a decisão depois que os manifestantes interromperam, por várias vezes, as falas dos deputados governistas na tribuna.
Os manifestantes acompanham as discussões sobre o índice de reajuste dos salários dos servidores estaduais. O executivo mantém a proposta de reajuste de 5% para a data-base dos funcionários públicos. Os servidores esperam um reajuste de, no mínimo, 8,17%, porcentual que corresponde à inflação pelo IPCA nos últimos 12 meses. Já os professores defendem uma correção ainda maior: de 13,01%, mesmo porcentual aplicado ao piso nacional do magistério.
A nova mensagem do governo, com alteração no índice de reajuste, ainda não teria chegado à casa. Para ir à votação, o projeto precisa ser lido em plenário com, no mínimo, 24 horas de antecedência, o que descarta a votação na sessão de quarta-feira.
A bancada do PSC, a maior da Assembleia, com 12 deputados, promete votar contra o projeto caso o reajuste apresentado seja menor que a inflação.
Na tarde desta segunda-feira, pelo menos 20 deputados da base governista deixaram a sessão para discutir a portas fechadas o posicionamento do grupo. Segundo o deputado Mauro Morais (PSDB), os aliados teriam decidido por votar a favor do governo somente se o projeto conceder 8% de reajuste. “Se o projeto vier com menos de 8% de reajuste, os deputados não vão aprovar”, afirmou o deputado tucano.fONTE: PARANÁ PORTAL-