A companheira Marlei Fernandes, líder, musa e ex-presidente da APP-Sindicato, que comanda a greve dos professores, tem um estilo próprio de “negociar”. A outra parte tem que fazer exatamente o que Marlei quer. Se não, não tem conversa. O governo, exige a musa, tem que oferecer um aumento de 8,17% e nem pensar em descontar um dia sequer dos professores que já estão há quase dois meses parados. Isso não é negociar. O que a APP exige é rendição.
Sobre as dificuldades econômicas do estado, boa parte delas causadas justamente por concessões excessivas dadas aos professores nos anos anteriores, nem uma palavra. Nos últimos quatro anos o governo deu 63,6% de aumento, e a inflação no período não ultrapassou 26,7 %. O governo federal, do PT, partido de Marlei, pelo qual ela até já disputou uma vaga de deputada federal (http://www.eleicoes2014.com.br/professora-marlei/), deu os mesmos 5% que o PT recusa no Paraná.
Quando não está fazendo o discurso da vítima, a própria Marlei admite que a situação salarial dos professores no Paraná é excepcionalmente boa. Quando fez campanha para eleger Hermes Silva Leão seu sucessor na presidência da APP, Marlei revelou que um professor, no Paraná, pode se aposentar com R$ 12 mil mensais, o triplo do teto pago pelo INSS (https://www.youtube.com/watch?v=Hj3OnIT2VWQ).
Marlei e o PT não se importam que 1 milhão de estudantes fiquem sem aula e percam o ano letivo. O importante é causar o máximo de desgaste ao governo do PSDB do Paraná, o estado para onde estão sendo encaminhados e encarcerados os corruptos petistas do Petrolão. Todo o resto não importa. Por isso a greve pode se estender indefinidamente. Professores temporários podem ser demitidos, alunos prejudicados. O que importa é o fanatismo ideológico e os interesses do PT.