A Justiça Federal no Paraná determinou que o ex-deputado André Vargas (ex-PT), o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e outros dois ex-deputados presos preventivamente na Operação Lava Jato sejam transferidos da sede da Polícia Federal em Curitiba para um presídio comum, na região metropolitana da cidade. As informações são da Folha de S. Paulo.
A decisão foi tomada neste domingo (24) pelo juiz federal Sergio Moro, a pedido da Polícia Federal. Além de Vargas e Vaccari, serão transferidos os ex-deputados Luiz Argôlo (SD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE). Todos estão presos há pouco mais de um mês.
Eles irão para o Complexo Médico Penal, em Pinhais, onde já estão outros cinco presos da Lava Jato, como o ex-diretor da Petrobras Renato Duque e o operador Fernando Soares, o Baiano.
Os investigados ficarão numa ala reservada, tomarão banho frio e dividirão uma cela para três pessoas, com camas de concreto, uma pia e uma latrina.
“O local vinha atendendo satisfatoriamente às condições de custódia dos presos provisórios”, afirmou Moro, no despacho. “Ficarão em ala reservada, com boas condições de segurança e acomodação.”
A Polícia Federal argumentou que há dificuldades de espaço para abrigar todos os presos da Lava Jato em sua carceragem. Além dos quatro que serão transferidos, ainda estão no local o doleiro Alberto Youssef, a doleira Nelma Kodama, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, o publicitário Ricardo Hoffmann e o empresário Milton Pascowitch. A transferência dos quatro presos deve ocorrer na terça-feira (26).