Dólares aproximam Requião de petistas
O que aproxima a família do senador Roberto Requião (PMDB) da esteira de denúncias envolvendo os petistas como José Guimarães (irmão de José Genoíno), André Vargas (parceiro de Alberto Youssef). Acertou quem citou dólares, o moeda norte-americana. José Adalberto Vieira, assessor de Guimarães, foi preso no Aeroporto de Congonhas em São Paulo, em 2005, com US$ 100 mil escondidos na cueca, e mais R$ 209 mil numa maleta de mão, quando embarcava para Fortaleza (CE).
Eduardo Requião, irmão do senador do PMDB e ex-superintendente do Porto de Paranaguá, guardava dólares em um armário de sua casa. O distinto público só ficou sabendo da poupança oculta do irmão de Requião porque em 2010, ele deu queixa de furto. A empregada levou US$ 180 mil do cofrinho de Requião.
A quantidade de dinheiro no armário era tão grande que Eduardo a princípio não se deu conta do roubo. Só começou a desconfiar quando o padrão de vida da empregada deu um salto meteórico e ela começou a comprar imóveis e o padrão de vida da empregada registrou melhora espetacular.
Guimarães foi inocentado da acusação de improbidade administrativa. Elegeu-se deputado federal e é líder do PT na Câmara dos Deputados. O assessor que foi flagrado com os dólares na cueca responde processo em liberdade. Eduardo Requião recuperou seu dinheirinho e continua livre, leve e solto. A ex-funcionária confessou o crime, vendeu os bens e devolveu a grana. Também responde o processo em liberdade.
Mas não só esse o caso de dólares envolvendo Requião. Em 1999 Maristela Quarenghi de Mello Silva, mulher de Requião, foi investigada pela Polícia Federal por remessa ilegal de dólares para o exterior. Maristela teria enviado ao exterior, através de doleiros e laranjas US$ 210 mil. Quando o caso estourou na revista Veja alegou-se que o dinheiro, em reais, teria origem em uma herança.
A forma suspeita como o dinheiro foi convertido em dólares – através de doleiros e sua remessa para fora do Brasil por meio de laranjas – motivou um inquérito da Polícia Federal. Maristela prestou esclarecimentos por escrito à Polícia Federal, em Curitiba em 13 de setembro de 1999.