Ex-assessor ocupou cargo de vereador na Câmara Municipal de Foz do Iguaçu

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O repórter Bruno Soares, do Primeira Linha, traz mais detalhes da relação do ex-assessor Felipe Menger com o vereador Galhardo (Republicanos), o que eleva a suspeição de conluio na divisão de salários com Menger. O jornal entrevistou o ex-vereador Elizeu Liberato (PL) que afirmou que contratou Galhardo como assessor parlamentar e que, em função da eleição de 2020, Galhardo foi exonerado para disputar a eleição e indicou Menger para seu cargo a partir de agosto de 2020.

“O Felipe foi nomeado para trabalhar no meu gabinete e foi indicado pelo colega Galhardo que era o primeiro suplente do nosso partido PL. Tínhamos um compromisso que o primeiro suplente poderia assumir uma assessoria ou indicar a assessoria, tendo em vista que o vereador só consegue se eleger com a composição dos votos dos demais candidatos da legenda”, disse Liberato ao jornal.

Antes de indicar Felipe Menger para o gabinete de Liberato, o próprio Galhardo era quem ocupava a vaga. Em seguida, Menger atuou na campanha de Galhardo, mesmo estando lotado no gabinete de Liberato. Questionado, o ex-vereador afirmou que tinha conhecimento da relação de Menger com Galhardo, entretanto, negou ciência sobre qualquer possível prática de rachadinha. “Sim, tinha conhecimento. Fora do horário de trabalho e não utilizando a estrutura do gabinete, os assessores tinham liberdade para fazer o trabalho eleitoral e atuar nas redes sociais, primando sempre pela ética”, pontuou.

*No cargo -* Ao final do pleito de 2020, Liberato não foi reeleito. Já Galhardo se elegeu para entre os 15 vereadores do legislativo. Após o início da nova legislatura, Galhardo manteve a nomeação de Menger que continuou no cargo até junho de 2021. Levantamento no Portal da Transparência da Câmara Municipal aponta que entre agosto de 2020 e junho de 2021, Menger recebeu R$ 83.091,66 – R$ 39.172,14 da primeira nomeação, e outros R$ R$ 43.919,52, já por intermédio de Galhardo.

A assessoria de Comunicação da Câmara Municipal, afirmou “que desconhece a suposta prática mencionada pelo ex-assessor e que condena qualquer ato neste sentido”. Quanto às providências que deverão ser tomadas para apurar as denúncias feitas pelo ex-assessor, a assessoria pontua que “ainda não recebeu nenhuma notificação oficial para que se manifeste sobre o assunto”.

Já Galhardo, por meio de seu advogado, negou as acusações. Sob a defesa do advogado Rodrigo Duarte, o parlamentar sustenta que irá tomar as providências cabíveis para provar sua inocência.|

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