DEPOIS DE DELTAN, A HORA DA VERDADE PARA MORO SE APROXIMA!

MORO GUILH

Os petistas estão ansiosos para que seja marcado quanto antes a data do julgamento do ex-juiz e senador Sergio Moro (UB) em Brasília. Após vibrarem com a cassação de Deltan Dallagnol (POD), na última terça-feira (16), a metralhadora giratória do judiciário já tem outra mira em Brasília.

Deltan já se retirou do gabinete após receber o comunicado oficial da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e o que falta pelo jeito ainda é entregar para Arthur Lira (PP-AL) apenas o broche de deputado federal.

Toda esta confusão poderia ser evitada, caso Deltan fosse julgado antes das eleições em Brasília, pois no Paraná ele teve registro liberado, mas o Partido da Mobilização Nacional-PMN recorreu para a impugnação do registro da candidatura no Tribunal Superior Eleitoral-TSE. Como a justiça foi lenta, o julgamento ocorreu após ele ter sido eleito com 344 mil votos e cassado em pleno mandato.

ATO EM FAVOR A DELTAN

No último domingo (21), em Curitiba, apoiadores do deputado realizaram um ato público em Curitiba contra a cassação do ex-deputado federal. Esperava-se uma presença maior de pessoas, mas não passou de quatro mil pessoas segundo políticos que estiveram por lá para falar em cima do caminhão de som e apoiar o deputado cassado.

 A BOLA DA VEZ

Em Brasília, os comentários são fortes dentro do Congresso Federal de que Sergio Moro (União-PR) será o próximo. Hoje a ação para cassar seu mandato ainda está no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná. Se ela for negada por aqui deverá subir ao TSE. Lá as coisas não serão bem como Moro imagina, pois ele é acusado de ter usado Caixa 2 para se eleger. O pedido de cassação contra Moro baseado em supostas irregularidades nos gastos de campanha e a prática de caixa 2 nas eleições do ano passado e foi aberto pelo diretório paranaense do Partido Liberal, mesma sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro. A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) corre sob sigilo, mas o PL indica irregularidades no financiamento da campanha ao Senado, com a tentativa de colocar o segundo colocado Paulo Martins na vaga de Moro em Brasília. O que deu muito pano para manga é que em meados de dezembro, após três reprovações das contas enviadas ao TRE, Moro teve as contas aprovadas poucos dias antes da data limite.

O ex-juiz nega o uso do caixa 2 na campanha, mas o seu caso é semelhante ao da ex-senadora Selma Arruda (Podemos-MT), que em 2020 teve o mandato cassado por gastos sem a devida contabilização. Ex-juíza, ela ganhou o apelido “MORO DE SAIAS” pelo histórico de combate à corrupção.

TACLA DURAN: “SAI O SUSPEITO, ENTRA O IMPEDIDO”

Em abril, o foragido advogado Rodrigo Tacla Duran, que recentemente denunciou o ex-juiz e senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e o ex-procurador e ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) por um suposto esquema de extorsão na Lava Jato de Curitiba, criticou novamente o relator dos casos envolvendo a força-tarefa na 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o desembargador federal Loraci Flores. “Sai o suspeito entra o impedido… tudo para proteger o Russo [Sergio Moro]”, escreveu Tacla Duran. A relatoria foi transferida após a decisão do desembargador Marcelo Malucelli de se afastar dos processos.

TACLA DURAN: DECISÃO QUE AFASTOU JUIZ DA LAVA JATO É ABSURDA”!

Em declarações exclusivas ao UOL, o advogado Rodrigo Tacla Duran criticou a decisão que afastou o juiz Eduardo Appio, à frente da Operação Lava Jato, da 13ª Vara de Curitiba. A decisão de ontem foi do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Para Tacla Duran, trata-se de uma “decisão liminar absurda do TRF-4” e que deve ser entendida como “mais uma tentativa para afastar o juiz natural da 13ª Vara Federal de Curitiba”.

Compartilhe