Poderá ser até uma cena de teatro ÓPERA BUFA, mas os ministros do Supremo Tribunal Federal vão julgar em sessão virtual, nesta sexta-feira (16), a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a deputada Gleisi Hoffmann (PR), presidente do PT, o ex-ministro e ex-marido Paulo Bernardo. O julgamento tem como relator Edson Fachin, que apresentará o seu voto e os demais ministros indicam no sistema do Supremo se seguem o posicionamento ou não, incluindo seus votos em caso de divergência.
O julgamento é sobre o “QUADRILHÃO DO PT”, em que também haviam sido denunciados o presidente Lula da Silva, a ex-presidente Dilma Rousseff, os ex-ministros Antonio Palocci, Guido Mantega, Edinho Silva e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Apenas Gleisi e Bernardo, no entanto, tiveram a denúncia mantida no âmbito do STF, em razão do foro privilegiado da presidente do PT.
Para se ter uma idéia as acusações contra os demais foram enviadas à primeira instância da Justiça Federal do Distrito Federal, que os absolveu em dezembro de 2019.
Apenas a denúncia contra Gleisi e Paulo Bernardo foi apresentada pela PGR em setembro de 2017, onde o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acusou os petistas dos crimes de organização criminosa por supostamente receberem R$ 1 milhão de reais desviados da diretoria de Abastecimento da Petrobras, em 2010. Gleisi e Bernardo também foram denunciados por supostos crimes relacionados à Odebrecht e ao Grupo J&F, dono da JBS, além de ilegalidades no Ministério do Planejamento entre 2009 e 2015.
Segundo o jornal O SUL em março deste ano, no entanto, a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo, já pediu ao Supremo que a denúncia seja rejeitada por falta de “justa causa”.
Isto é, com um recente aval da PGR e pelas seguidas decisões do STF os culpados serão os denunciantes e tudo será arquivado.