A esquerda passou quatro anos falando que o presidente Jair Bolsonaro (PL) era o “TCHUTCHUCA DO CENTRÃO”, agora o presidente da República Lula da Silva (PT), cede a pressão do centrão e demite a presidente da Caixa, Maria Rita Serrano ao nomear o economista Carlos Antônio Vieira como parte de acordo com o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), e o centrão.
O que se sabe nos bastidores de Brasília é que o cargo faz parte da última parte do combinado entre o governo e partidos do centrão no esforço de aumentar o apoio no Congresso. Em setembro, Lula já havia entregue os Ministérios do Esporte e Portos e Aeroportos para PP e Republicanos, mas as pastas eram consideradas pouco para o centrão.
Eles queriam mais e conseguiram!
A partir de agora quem vai mandar no Legislativo e, portanto, condicionar os atos de governo de quem quer que saia vencedor nas votações, é o centrão”!
O “Centrão” é o conjunto de cerca de 220 deputados que apoia qualquer governo em troca de cargos e nacos do orçamento e isto vem sendo feito ao longo de diversos mandatos. O Centrão usa toda a estrutura estatal para se manter no poder e ajudar o presidente a governar diante dos projetos a serem votados no Congresso Federal. O bloco inclui partidos como o Progressistas, Republicanos, Solidariedade, PL e PTB, e frequentemente parlamentares do PSD, DEM, MDB, PROS, PSC, Avante e Patriota.
O TERMO TCHUTCHUCA
O termo “tchutchuca do centrão” entrou na campanha eleitoral em finais de agosto quando um apoiante desiludido de Jair Bolsonaro o chamou assim depois de o presidente ter permitido um “orçamento secreto” que garantiu, pelo menos, 16 mil milhões de reais aos deputados mais oportunistas do parlamento, de forma a proteger-se de eventual impeachment e poder governar. Outros governos, como o presidido no início do milénio por Lula da Silva, rival de Bolsonaro, decidiram pagar ao centrão um “MENSALÃO” para o manter financeiramente saciado e politicamente domesticado. Dilma Rousseff enfrentou o líder do centrão à época do seu governo, Eduardo Cunha, e o preço foi um impeachment. E Michel Temer, o fruto desse impeachment, só não foi derrubado pela Câmara dos Deputados em duas denúncias de corrupção, porque o centrão o blindou, como bem analisou o colunista do Diário de Notícias recentemente.
“LULA SERÁ UM TCHUTCHUCÃO DO CENTRÃO OU UM TCHUTCHUQUINHO”?