O vice-líder da Minoria, deputado Fernando Francischini (Solidariedade-PR),
protocolou, na quinta-feira (5), na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados,
mais um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
A peça principal, de 54 páginas, traz denúncias que comprovam a incidência
de crimes de responsabilidade por parte da presidente, tais como as
pedaladas fiscais em 2015, a incitação à violência e conflito armado
quando, em evento público, o presidente da CUT ameaçou movimentos de
protesto contra o governo do PT. Também cita atos de corrupção na Petrobrás
que serviram para irrigar suas campanhas eleitorais com propinas. Argumenta
ainda sobre o aparelhamento que o Governo instalou na máquina pública para
obter benefícios eleitorais, além de patrocínios indevidos por parte do
BNDES, Caixa e Itaipu para movimentos políticos aliados ao partido da
presidente.
Para Francischini, Dilma cometeu atos incontestes que subsidiam a abertura
urgente de um processo de impeachment. “Dilma foi conivente e omissa como
Ministra da Casa Civil, no cargo de presidente do Conselho Administrativo
da Petrobras e, finalmente, como presidente da república. Diante das
manobras e entraves fincados pelo PT no Congresso, resolvi fazer uma
oposição independente e agregar provas embasadas nas apurações dos órgãos
de fiscalização e na própria Constituição, símbolo máximo da nossa
democracia, para começar minha própria cruzada pelo impeachment da
presidente. Sei que tenho o apoio de milhões de brasileiros que não
aguentam mais a manutenção de um governo corrupto”, justifica.