RICARDO ARRUDA DEVE SER EXPULSO  DO PL A PEDIDO DE EDUARDO BOLSONARO

PL

O deputado Ricardo Arruda (PL) já está no lucro faz tempo do PL. Era para ele ter sido expulso em 2023 por dois fatos de denúncias de crimes. Em março foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) por suspeita de receber quase meio milhão de reais para influenciar o avanço de pedidos de terceiros junto ao Governo do Paraná e ao Judiciário, no crime conhecido como tráfico de influência. Em outubro os policiais cumpriram dez mandados de busca e apreensão na Operação Fração, que investiga crimes contra a administração pública, especialmente o de concussão, que ocorre quando o servidor exige alguma coisa em razão de seu cargo, e também o crime de lavagem de dinheiro. A investigação apontou que existia a suspeita de exigência de parte do salário dos assessores do deputado Ricardo Arruda (PL), prática conhecida como rachadinha, além de dissimulação da origem ilícita do dinheiro adquirido.

A direção do partido já havia levantando a questão dessa situação, mas agora Arruda enfrenta um pedido de um dos caciques do partido, o deputado Eduardo Bolsonaro. Atendendo ao pedido, a executiva municipal vai instalar uma Comissão de Ética do partido para iniciar o processo de expulsão do deputado. Arruda terá que ser explicar da confusão causada por uma “série de preceitos do estatuto partidário”, na tentativa de “descredibilizar a sigla” e o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Eduardo Bolsonaro chegou a mencionar que o deputado paranaense distribuiu para imprensa, na surdina,  imagens no corredor do escritório do ex-presidente, em que aparecia Beto Richa (PSDB) logo após o encontro com Bolsonaro — que quase terminou com a filiação do tucano no PL. Ao entrar com o pedido de expulsão, Eduardo Bolsonaro citou a “arapongagem” esquematizada por Arruda e as mentiras proferidas por ele na redes sociais, contra o deputado federal Filipe Barros, que feriram uma série de preceitos do estatuto partidário. Este processo de expulsão, portanto, é uma reação do comando nacional do partido pela atuação de Ricardo Arruda no episódio de quase filiação do ex-governador Beto Richa no PL de Bolsonaro — que seria o candidato do Capitão na disputa pelo Palácio 29 de Março. Arruda se colocava como pré-candidato a prefeito de Curitiba e não mediu esforços para melar o projeto do tucano, revelou o blog Politicamente nesta semana.

Compartilhe