Cunha autoriza processo de impeachment de Dilma !Ela queria a CPMF em troca de três votos do PT, rebate Cunha

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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, informou nesta quarta-feira (2) que
autorizou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma
Rousseff. O peemedebista afirmou que, dos sete pedidos de afastamento que
ainda estavam aguardando sua análise, ele deu andamento ao requerimento
formulado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior.

“Quanto ao pedido mais comentado por vocês proferi a decisão com o
acolhimento da denúncia. Ele traz a edição de decretos editados em
descumprimento com a lei. Consequentemente mesmo a votação do PLN 5 não
supre a irregularidade”, disse Cunha em entrevista coletiva na Câmara.

Cunha também anunciou que autorizou a criação da comissão especial que irá
analisar o processo de impeachment de Cunha.

Dilma queria a CPMF em troca de três votos do PT, rebate Cunha*

Um dia depois de acolher pedido de impeachment contra Dilma Rousseff, o
presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) rebateu hoje, em
coletiva, declaração da presidente em pronunciamento ao dizer que não faz
barganha. Cunha disse que se recusou a aceitar barganha para aprovar a
CPMF. “A presidente mentiu. Dilma mentiu em rede de televisão e isso é
muito grave”. O presidente da Câmara afirmou que a negociação estava sendo
feito à sua revelia. “Dilma queria a aprovação da CPMF em troca de três
votos do PT”.

Ele afirmou na coletiva que se recusou a atender o ministro-chefe da Casa
Civil, Jaques Wagner, para tentar dissuadi-lo de autorizar a abertura do
processo contra a presidente. “Este governo está habituado a barganhas. Eu
não quero e não participo de negociação”. “Tenho constante atrito com o
PT”, ressaltou, afirmou que o “conjunto” do partido é seu adversário. “Eu
prefiro não ter os votos do PT no Conselho (de Ética)”.

Cunha disse ainda que cumpriu um “papel constitucional” ao acolher a
denúncia. “A partir daqui cabe ao plenário”, disse ele. “Apenas me ative
aos fatos”, afirmou, citando os decretos que afrontaram a lei orçamentária
de 2015. Ele reafirmou que a decisão de aceitar o pedido formulado por
Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal foi “concreta e factual”.
O parlamentar afirmou que não vai fazer embate pessoal e não vai emitirá
sua opinião acerca do processo.

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