Na tentativa de atacar o governo Beto Richa (PSDB), o deputado Tadeu Veneri
(PT) postou no facebook nesta segunda-feira, 4, matéria de um ano atrás
sobre o realinhamento do ICMS e do IPVA aprovado pela Assembleia
Legislativa em dezembro de 2014. “É desespero de causa, revela a forma de
agir do PT e até onde o partido pode chegar para atingir seus propósitos”,
disse o presidente da JPSDB, Henrique Valle.
O tucano diz ainda que se for o caso, basta tirar alguns esqueletos de
Veneri do armário. Cita, como exemplo, que na campanha de 2014, Veneri
recebeu R$ 213.750,00 da Construtora Odebrecht, uma das empreiteiras
investigadas no Petrolão e que pagou, só na ampliação da Repar em
Araucária, R$ 85,9 milhões em propinas ao PT e ao PP, conforme a delação do
ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco.
Em 2014, recebeu mais R$ 34 mil, em duas parcelas de R$ 17 mil, da JBS, a
empresa denunciada por maltratar seus funcionários e desrespeitar as leis
trabalhistas. As doações suspeitas representam 41,5% dos R$ 596,4 mil
arrecadados por Veneri em 2014. Na sua outra campanha, em 2010, Veneri
recebeu R$ 20.834,67 do agora ex-petista e ex-deputado André Vargas. Do PT,
veio outros R$ 47,5 mil. Toda a imprensa já noticiou que todo dinheiro
repassado pelo PT, 75% vieram das empreiteiras enrolados no Petrolão.
Valle diz ainda que Veneri tem que se explicar ainda sobre a ação, com
parecer favorável do Ministério Público, que corre no Tribunal de Justiça,
onde é acusado do uso de notas fiscais frias na Assembleia. A fraude vem
sendo investigada desde 2011. O escândalo explodiu a partir de denúncia do
ex-deputado Stephanes Junior (PMDB) e desencadeou uma ação popular acolhida
pela 8º Vara da Fazenda Pública de Curitiba. Veneri é acusado de “embolsar”
R$ 275 mil em verbas de representação do legislativo. O dinheiro teria sido
usado de forma não permitida pelo regimento, entre eles, o financiamento de
campanhas de reeleição do próprio deputado.