O prefeito Gustavo Fruet (PDT) admitiu nesta segunda-feira, 4, que assinou
o manifesto contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) em troca
de verbas federais para obras e projetos em Curitiba. “Eu tenho consciência
que a maior parte da população curitibana é contra o governo e pelo
impeachment. Então eu estou tomando todo o cuidado em preservar todos os
projetos que temos no governo federal”, disse Fruet em entrevista ao
repórter Ivan Santos no Bem Paraná.
Se Fruet titubeia em relação a Dilma, o mesmo não acontece quando fala do
PT. “A sociedade está profundamente revoltada com relação ao PT. Acho que o
PT, se não acabou, vai ter que ser refundado”, disse. Ao responder sobre a
entrega dos cargos e a escolha de candidatura própria pelo PT, Fruet
respondeu: “Para mim é um assunto superado, resolvido. O PT que tenha
candidatura própria”.
Sobre as reclamações da senadora Gleisi Hoffmann que afirmou que o
prefeito nunca
demonstrou interesse em manter a aliança com o PT, Fruet respondeu da
seguinte forma. “O PT, ou alguns setores do PT tem que entender, acho que
quem sofre é o idealista, o militante histórico. Agora nunca um número de
dirigentes tão expressivo foi preso ou está sob investigação. Não é
possível que não haja um gesto de reconhecimento de que alguma coisa está
errada. Tem um projeto de poder? Tem. Qual o custo? Acho que foi além de
qualquer possibilidade”.
(foto: Roberto Stuckert)
*link entrevista*
http://www.bemparana.com.br/noticia/422669/meu-foco-e-manter-a-cidade-funcionando-diz-fruet