Já circulam na internet os nomes do secretariado de
Cristina Graeml (PMB). O primeiro é de conhecimento
de todos, mas há uma disputa nada surda por outros
postos no Palácio 29 de Março. Para a imprensa,
a candidata já confirmou o convite para “Dra. Cloroquina”
assumir a chefia da Secretaria de Saúde.
Raíssa Soares é mais conhecida por defender o
uso da cloroquina e da ivermectina no tratamento
da covid. Na época, o Ministério Público da Bahia
pediu sua exoneração da Secretaria de Saúde em
Porto Seguro devido à disseminação de desinformação
sobre a pandemia. Em 2022, Dra. Cloroquina
tentou uma candidatura ao Senado pela Bahia, mas
terminou em terceiro lugar. No programa de rádio
“Direto ao Ponto”, Graeml afirmou que Soares “foi
aprovada por médicos de direita, conservadores” e
que seria “com muito orgulho” a futura secretária de
Saúde de Curitiba. Essa Raíssa ganhou visibilidade
após defender a ineficácia do Kit covid.
Outro nome forte apontado pela imprensa é Pablo
Marçal (PRTB), candidato derrotado no primeiro nas
eleições da cidade de São Paulo. Marçal não tem
currículo, mas uma folha corrida, e está cotado para
assumir a Secretaria de Planejamento, Finanças e
Planejamento ou em uma nova pasta a ser criada:
Secretaria de Negócios Metropolitanos.
Marçal está enrolado em uma série de processos
judiciais e uma teia de relações com pessoas do
crime organizado. Em 2010, Marçal foi condenado
a quatro anos e cinco meses de reclusão por furto
qualificado pela Justiça Federal por desviar dinheiro
de contas bancárias por meio de golpes digitais. No
ano passado, o coach foi alvo de uma operação da
Polícia Federal que investigou falsidade ideológica
eleitoral, apropriação indébita eleitoral e lavagem
de dinheiro durante as eleições de 2022.
Desviar dinheiro de contas bancárias parece especialidade
de parte da equipe de Cristina Graeml.
Quem já troca cotovelada com Marçal para cuidar
do tesouro municipal é o candidato a vice-prefeito,
Jairo Ferreira Filho. Ele foi condenado pela Justiça a
devolver R$ 90 mil em um processo por quebra de
contato. A condenação ocorreu tanto em 1ª, quanto
em 2ª instância.
Cristina Graeml disse que seu vice é ficha limpa, mas
foi desmentida pela imprensa. Contrariada tentou
censurar jornais e portais, entre eles o IMPACTO
PR., o que foi negado pela Justiça Eleitoral. O certo
mesmo que a ficha de Jairo Filho é mais suja que pau
de galinheiro. Ele responde ainda a um processo
em que é cobrado em R$ 1 milhão por uma idosa
que vive em São Bernardo do Campo (SP). O vice
de Cristina teria recebido R$ 400 mil e prometeu
rendimentos de 2,5% (R$ 10 mil), mas o valor teria
sido pago por apenas quatro meses. Ele também
respondeu a uma ação em que era acusado
de vender o mesmo terreno para duas pessoas.
Os fichas sujas e os secretariáveis de Cristina
Graeml continuam. Otávio Fakhoury, empresário
que senadores dizem ter financiado a divulgação
de fake news sobre a
pandemia, doou oficialmente R$ 50 mil para a campanha
da candidata do PMB e pode escolher a pasta
que quiser na prefeitura, mas tem interesse na Tecnologia
de Informações ou Assuntos Estratégicos.
Na convocação de Fakhoury na CPI da Covid no Senado
em 2021, o senador Randolfe Rodrigues disse
que o empresário financiador de Cristina Graeml “foi
identificado como o maior financiador de disseminação
de notícias falsas”. O parlamentar cita como
exemplo os canais Instituto Força Brasil, Terça Livre e
Brasil Paralelo. “Esses canais estimularam o uso de tratamento
precoce sem eficácia comprovada, aglomeração
e diversas outras fake news sobre a pandemia”.
O deputado Ricardo Salles (PL-SP), réu em uma
ação que apura um esquema de exportação ilegal
de madeira, é outro apoiador de Cristina Graeml e
está cotado para a Secretaria do Meio Ambiente. De
acordo com o MPF, Salles é denunciado em investigações
que apontam para a existência de um “grave
esquema de facilitação ao contrabando de produtos
florestais”, com envolvimento do então ministro Ricardo
Salles.
O MP elencou uma série de apreensões de madeira
de origem brasileira nos EUA, que estavam sem a
documentação necessária para exportação. Os ambientalistas
temem a privatização de todos os parques
municipais e que a pasta vire instrumento de
negócios como ficou marcado o ministério de Salles
em que o desmatamento e queimadas avançaram
em todo país.
Figura política já controversa, o ex-senador Roberto
Requião é apontado como provável presidente da
FAS (Fundação de Ação Social de Curitiba) – o braço
assistencial da prefeitura. Requião, mais uma vez,
derreteu nas eleições municipais, e fez pouco mais
de 17 mil votos. No entanto, desde sempre, declinou
a estima a Cristina Graeml, o que pode lhe render
uma prebenda, ainda mais que saiu do Mobiliza
para poder apoiar candidato no segundo turno.
COTAÇÃO DE OUTROS INDICADOS
Nos bastidores da Boca Maldita surgiram
também o nome de novos apoiadores
de Cristina neste segundo turno, mas
que estariam bem discretos como Álvaro
Dias e Sergio Moro depois de romper
com Ney Leprevost durante a semana.
Até alguns doadores andaram pingando
um pouquinho para lado de lá, porque
vai que a coisa não dá certo tem como
se alinhar.
Nomes como o vereador Tonhão do Abacaxi
de Foz para tocar o Armazém da Família,
Sergio Caimi de Foz seria para a
Secretaria de Transportes, o Presidente
do PMB, o contador Fabiano Santos ficaria
na Secretaria do Planejamento.
Geonísio Marinho assumiria a Secretaria
de Praças e Jardins, pela experiência em
andar na Praça Nossa Senhora da Salete
por muitos anos antes das eleições nos
gabinetes.
Pessoas que fazem parte da executiva do
PMB, também seriam agraciados como a
Professora Sarai para Secretaria de Educação
e Terezinha Dantas de Foz de Iguaçu
como chefe de gabinete.
Germano Vieira também foi citado para
assumir a Secretaria de Informática (156
da Prefeitura) pois aprova o uso da Inteligência
Artificial em todos os sentidos
segundo as postagens nas redes sociais
a favor da candidata. Outro provável indicado
seria Anderson Teixeira, que foi
candidato a vereador e presidente do
Sindicato dos Motoristas e Cobradores
na Secretaria de Trânsito. Nomes de empresários
também foram citados como
Ana Amélia na Secretaria de Comunicação
e Guilherme Cunha como Secretaria
da Moral, Religião e Bons Costumes. Alguns
desses foram citados por estarem
na capital, mas a importação de pessoas
que segundo a candidata, seriam técnicos
é de que venham muitas mais pessoas
que mal conhecem a cidade.
A PERGUNTA QUE FICA É:
UMA CAPITAL UNIVERSITÁRIA COMO
CURITIBA, NÃO TERIA GENTE COMPETENTE
PARA ASSUMIR ESTES CARGOS?