O SEXTO DEGRAU.
A seleção de futebol do Brasil, tenta hoje (08), no Mineirão subir o sexto degrau e, se classificar para a grande final da Copa do Mundo de 2014. Sem contar com Thiago Silva, suspenso pelo segundo cartão amarelo e Neymar, com fratura da vértebra, o Brasil fica fragilizado, diante da forte Alemanha. As ausências não podem comprometer no todo o time de Scolari. Foram escolhidos 23 jogadores, acreditando-se que todos com condições de substituir uns aos outros. Por isso, acreditamos que o onze canarinho é capaz para conquistar sua passagem à grande final, domingo, dia 13, no Maracanã.
Pelo treino de ontem, na granja, Felipão deixou claro seu desejo de jogar com quatro homens no meio campo, dando ao time maior poder de marcação. Luís Gustavo, Fernandinho, Paulinho e Oscar, devem formar este quadrado, que não é mágico, mas poderá ser eficiente. Os três primeiros cuidam da marcação, enquanto Oscar tratar de armar as jogadas, buscando mais o lado esquerdo, tentando colocar Fred no jogo.
No papel a idéia é boa, em razão de que o técnico Joachim Loew, coloca uma Alemanha forte no meio campo, com cinco jogadores do porte de Lahm, Schweinstiger, Kroos, Götze e Özil. Marcam muito e são criativos, lançando o atacante Müller, sempre apoiado por Özil, Kroos e Götze.
Sendo assim, Felipão tem razão em se preocupar com o setor, exigindo forte marcação, com três volantes. Vai explorar as descidas dos dois laterais. Tanto é verdade que escalou Daniel Alves no treino de ontem. Marcelo vai continuar com liberdade de descer, sem esquecer que tem que voltar para marcar, evitando uma avenida em suas costas. Oscar vai se aproximar mais de Hulk e Fred, buscando encontrar espaços para chegar ao gol de Neur. O treinador guarda a opção ofensiva com William, dentro da necessidade que a partida exigir.
Preparada há mais de cinco anos, com base no time do Bayer de Munich, extremamente obediente, fria e calculista, a Alemanha é a favorita do jogo e, candidata a ganhar a Copa. O Brasil, precisa fazer o dever de casa. Tem que jogar com o coração, aplicado taticamente, ter a posse de bola pelo maior tempo possível sabendo que não pode errar. Aliás, aquele que errar menos ganha o jogo.
A torcida tem que ser paciente, assistir à partida, como se fosse um jogo de xadrez, com as peças sendo movidas lentamente, para poder encaixar o xeque-mate. É difícil, mas não é impossível, o Brasil pode subir o sexto degrau, hoje no Mineirão.