O ministro José Dias Toffoli, do STF, encontrou algumas ambiguidades na
delação premiada de Alexandre Romano, o Chambinho, ex-vereador do PT que
promete encrencar mais uma leva de petistas, entre eles a senadora Gleisi
Hoffmann e o marido, ex-ministro Paulo Bernardo. Toffoli devolveu para a
Procuradoria-Geral da República os documentos pedindo ajustes antes da
homologação. Com informações de Guilherme Amado n’O Globo.
Gleisi já afirmou que não conhece Romano que, em depoimento ao Ministério
Público Federal, disse que um contrato de uma empresa sua com os Correios
foi usado para irrigar o caixa 2 da campanha da petista em 2014. A
petista afirmou
que não teve acesso ao depoimento do ex-vereador que a cita e disse que
hoje não tem mais contato com Leones Dall’Agnol, ex-chefe de gabinete de
Gleisi e do marido, Paulo Bernardo, a quem Chambinho afirmou ter repassado
R$ 600 mil.
Na décima oitava fase da Lava-Jato explodiu em agosto de 2015, quando a
Polícia Federal invadiu o escritório do advogado de Gleisi e Paulo
Bernardo, em Curitiba. Guilherme Gonçalves. Militante do PT, Gonçalves
é suspeito
de participar de uma operação triangular para ocultar um esquema de
corrupção iniciado no Ministério do Planejamento, que veio à tona com a
prisão de Romano, que foi solto posteriormente mediante delação premiada.
Dos R$ 52 milhões desviados do Ministério do Planejamento, ao menos R$ 9
milhões foram repassados ao escritório de Gonçalves a título de honorários.
A partir de então, o advogado passou a pagar contas de Gleisi e Paulo
Bernardo e até bancar os salários de serviçais do casal, como o motorista
da senadora.
(foto: arquivo/google)