Dilma já avalia que o seu governo não chegue até o final e Cunha dá apenas 45 dias

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As informações são de Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo. A presidente
Dilma Rousseff já reage com resignação quando confrontada com o
diagnóstico, feito até por ministros da equipe dela, de que o governo pode
não chegar ao final. “Eu tenho que combater o bom combate. Ganhar ou perder
é o resultado”, afirma.

Dirigentes do PT e auxiliares próximos da presidente analisam que ela não
teria a exata noção da gravidade da crise, protegendo-se no que chamam de
“autismo”. Ministros do núcleo mais próximo da presidente dizem que ela, na
verdade, está serena. A ideia de que o governo não chega a 2018 é
praticamente consensual entre eles.

A certeza de que a crise política deve se tornar incontornável tomou conta
de boa parte dos petistas depois de receberem informações de que as
empreiteiras podem detalhar, nas delações premiadas, contribuições por meio
de caixa dois para a campanha de Dilma de 2014.

A Odebrecht chegou a mandar recados a Dilma, antes mesmo de Marcelo
Odebrecht ser preso, dizendo que informações bancárias da Suíça poderiam
mostrar que o marqueteiro dela, João Santana, recebeu recursos no exterior.
A ideia era que Dilma, por meio do Ministério da Justiça, tentasse barrar a
chegada de documentos do exterior ao Brasil.

O marqueteiro João Santana e a mulher dele, Mônica Moura, asseguraram à
presidente que nada seria encontrado no exterior em relação às contas de
campanha dela. Garantiram que todos os pagamentos referentes à eleição dela
eram regulares –o que mantêm mesmo depois de presos. Dilma ficou tranquila
–e os documentos chegaram ao Brasil.
Antes de ser preso, Marcelo Odebrecht mostrava seu inconformismo com Dilma.
Repetia que a presidente não se mexia em relação à Lava Jato porque
imaginava que a operação se restringiria às empresas, acusadas de formação
de cartel.
Renan Calheiros já chegou a sugerir recentemente a Dilma que ela saia do PT
e que, para tentar se manter no cargo, convoque um governo de “união
nacional”. Ele nega.
*link nota*
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2016/03/1748506-dilma-mostra-resignacao-com-ideia-de-que-seu-governo-nao-chegue-ao-final.shtml

Impeachment em 45 dias, avisa Cunha*

fonte :Painel, Folha de S. Paulo*

*Regressiva – *Em conversas reservadas nesta quinta-feira (10), o
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deu um prognóstico amargo
para o governo: o impeachment será votado no plenário da Casa em cerca de
45 dias.

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