500 mil vão às ruas contra Dilma no Paraná

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*De forma pacífica, protestos foram realizados em 39 cidades paranaenses –
no Brasil 6,4 milhões se manifestaram*
.
Os números dos movimentos Vem Pra Rua e Brasil Livre apontam que 500 mil
pessoas protestaram pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) em
39 cidades do Paraná. Os números da Polícia Militar apontaram 400 mil. No
total, os dois movimentos apontam que mais de 6,4 milhões se manifestaram
em 400 cidades brasileiras e alguns centros nos EUA, América Latina e na
Europa.

No Paraná, Curitiba reuniu a maior manifestação: 200 mil segundo a Polícia
Militar e 250 mil, segundo o MBL e VPR. “Estamos fazendo história. O
governo Dilma acabou. Demos uma lição de cidadania e democracia. O povo já
fez sua parte, agora depende do Congresso Nacional e do TSE, mas estaremos
vigilantes e mobilizados”, disse Eder Borges do MBL.

Além de Curitiba, os maiores protestos foram em Londrina (90 mil), Maringá
(50 mil), Foz do Iguaçu (20 mil), Campo Mourão (10 mil), Ponta Grossa (10
mil), Paranavaí (10 mil), Cascavel (5 mil), Guarapuava (5 mil), Arapongas
(6 mil) e Cianorte (5 mil). Ainda foram registradas manifestações em
Cornélio Procópio, Marechal Cândido de Rondon, Toledo, Paranaguá. “No
Paraná, os protestos reuniram entre 450 mil e 500 mil pessoas”, disse Eder
Borges.

*Protestos – *No Paraná, os protestos atingiram também o ex-presidente Lula
(PT), os peemedebistas Eduardo Cunha (presidente da Câmara dos Deputados),
Renan Calheiros (presidente do Senado) e o vice-presidente Michel Temer, a
senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o ex-ministro Paulo Bernardo (PT), marido
de Gleisi, e até o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT).

“A manifestação foi ordeira, pacífica, com o objetivo de demonstrar a
insatisfação do povo com a situação do País.Vimos que houve adesão de
famílias inteiras, desde crianças até idosos, movidos por um mesmo ideal”,
avalia o subcomandante-geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Arildo
Luis Dias, que acompanhou a manifestação em Curitiba.

Um dos alvos da operação e das manifestações nas ruas, Gleisi atacou a
imprensa em uma série de posts no twitter. “E a Globo, hein? Sem
identificação nos microfones, imagens por celulares. O que temem?”, disse
Gleisi na rede social.

“E o apoio dos meios de comunicação? Chamadas, avaliações, incentivos?”,
questionou a petista que ainda perguntou. “Quem está bancando as
manifestações de hoje: caminhões, balões, faixas, cartazes?”. “Com certeza
não foi com o dinheiro roubado da Petrobras”, devolveu Enrico Salvatore, do
VPR.

*Apoio a Moro – *Curitiba foi chamada a capital moral do país por sediar a
Operação Lava Jato e seção da Justiça Federal que cuida dos casos de
corrupção na Petrobras e que envolve políticos do PT e PMDB, entre outros
partidos. “O juiz Sérgio Moro é herói nacional e está provando que os
poderosos também vão para cadeia por desviar o dinheiro público, que é um
dinheiro que falta para a saúde, a educação, a segurança”, disse Denacir
Gonçalves, funcionária pública estadual.

Moro é paranaense, nascido em Maringá é responsável pelas decisões
judiciais no âmbito da Lava jato, Em nota à imprensa, o juiz se disse
“tocado” pelas manifestações no país.”Neste dia 13, o Povo brasileiro foi
às ruas. Entre os diversos motivos, para protestar contra a corrupção que
se entranhou em parte de nossas instituições e do mercado. Fiquei tocado
pelo apoio às investigações da assim denominada Operação Lavajato”, disse
Moro.Para o juiz, “não há futuro com a corrupção sistêmica que destrói
nossa democracia, nosso bem estar econômico e nossa dignidade como País”.

“Apesar das referências ao meu nome, tributo a bondade do Povo brasileiro
ao êxito até o momento de um trabalho institucional robusto que envolve a
Polícia Federal, o Ministério Público Federal e todas as instâncias do
Poder Judiciário. Importante que as autoridades eleitas e os partidos ouçam
a voz das ruas e igualmente se comprometam com o combate à corrupção,
reforçando nossas instituições e cortando, sem exceção, na própria carne,
pois atualmente trata-se de iniciativa quase que exclusiva das instâncias
de controle”, completa Moro.

(fotos: Ricardo Almeida)

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