A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, 10 de junho, o Projeto de Lei no
4497/2024, de autoria do deputado federal Tião Medeiros (PP-PR). Essa foi a primeira proposta
apresentada por Medeiros e aprovada em Plenário, representando uma importante conquista
política e institucional para seu mandato — e, sobretudo, uma vitória histórica para o
agronegócio brasileiro.
O PL 4497/2024 teve 328 votos favoráveis e 100 contrários. A proposta estende o prazo
de regularização fundiária das terras situadas na faixa de fronteira de 150 km do território
nacional, que inclui cerca de 128 milhões de hectares — o equivalente a 15% de todo o
território brasileiro. O prazo atual, estabelecido pela Lei no 13.178/2015, vence em 25 de
outubro deste ano. O novo texto amplia esse prazo até 2030, o que trará alívio imediato a cerca
de 220 mil produtores rurais em 11 estados, incluindo o Paraná.
“Essa aprovação é uma conquista histórica. Estamos corrigindo uma injustiça e
garantindo segurança jurídica para quem sempre produziu, respeitou a terra e ajudou a
construir a riqueza do nosso país. São milhares de famílias que vivem nessas regiões
estratégicas e que agora poderão regularizar suas propriedades com mais tranquilidade.
Agradeço ao deputado Pedro Lupion, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA),
por todo o apoio, e à relatora, deputada federal Caroline De Toni, que conduziu de forma
exemplar esse projeto no Plenário”, declarou Tião Medeiros após a aprovação.
Avanços e desburocratização
O projeto também moderniza a legislação ao permitir que a regularização seja feita
diretamente em cartórios de registro de imóveis, mediante apresentação de documentos
técnicos como o georreferenciamento e o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Para imóveis com
área superior a 2.500 hectares, ainda será necessária a aprovação do Congresso Nacional.
A proposta fortalece a segurança jurídica dos produtores que ocupam e cultivam terras
há décadas em áreas próximas à fronteira com países vizinhos, contribuindo diretamente para a produção de alimentos, geração de empregos e movimentação da economia nacional em áreas
consideradas estratégicas.
“É uma medida de respeito ao produtor rural brasileiro. Eles cuidam da terra, geram
empregos e garantem o alimento à mesa de milhões. Essa aprovação é, para mim, um símbolo
do compromisso com quem faz o Brasil crescer”, frisou Tião Medeiros.
Próximos passos
Com a aprovação na Câmara dos Deputados, o texto segue agora para análise no
Senado Federal. A expectativa é de que, com o apoio da Frente Parlamentar da Agropecuária
(FPA), a proposta avance rapidamente e seja sancionada antes do prazo final da lei atual.