População exigiu e os deputados tiveram que aprovar Impeachment, seis deles mudaram de posição

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Em muitas capitais e cidades do Brasil , a população foi decisiva para que 367 deputados federais aprovassem o impeachment contra 137 que não queriam o desembarque da presidente Dilma.
Oposição mudou seis votos no Paraná*

As 72 horas antes da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff
(PT) foram de muita tensão para os deputados que estavam na lista de
indecisos ou que não declinavam o voto. No Paraná, em especial, os
movimentos Brasil Livre Vem Pra Rua pressionaram João Arruda (PMDB), Sérgio
Sousa (PMDB), Hermes Parcianello (PMDB), Fernando Giacobo (PR), Toninho
Wandscheer (Pros) e Nelson Meurer (PP). A pressão se deu pelas redes
sociais, telefones e em até outdoors espalhados nas bases eleitorais, Os
seis votaram pelo impedimento de Dilma na sessão deste domingo, 17, na
Câmara dos Deputados.

Arruda chegou a bater-boca em rede social com o MBL, mas já havia decidido
seu voto desde a quarta-feira, 13, e só comunicou à família, menos ao tio
senador Roberto Requião, presidente do PMDB no Paraná. Sergio Sousa também
decidiu votar pelo impeachment na segunda-feira, 11, mas não havia
declinado o voto porque, segundo ele, atrapalharia a apresentação na
sexta-feira, 15, do relatório da CPI dos Fundos de Pensão, do qual foi
relator. Frangão Parcianello ficou incomunicável no período e não atendeu a
imprensa. Foi convencido a votar pelo vice-presidente Michel Temer. Requião
garantia ao Planalto que os três votos do PMDB eram pró-Dilma.

Toninho Wandscheer decidiu votar pelo impedimento na quinta-feira, 14, e
não gostou quando as redes sociais afirmaram que estava negociando o voto
com o Planalto. Seu partido, o Pros, queria um ministério de Dilma, mas não
levou, o que facilitou o voto de Wansdcheer.

Giacobo já constava na lista da oposição, mas foi assediado pelo Planalto.
O sogro do seu filho foi nomeado na quinta-feira, 14, para a Diretoria
Administrativa da Itaipu Binacional. O decreto com a nomeação ferveu nas
redes sociais no sábado, 16, e o deputado começou a ser questionado e
hostilizado por amigos e eleitores. O suspense acabou na votação quando
Giacobo disse “sim” e foi efusivamente aplaudido e abraçado pela tropa de
Temer.

Meurer, segundo os mais próximos, sempre pretendeu votar pelo impeachment,
mas estava muito contrariado com a oposição. Seu voto foi facilitado quando
o PP, seu partido, deixou a base de Dilma e aprovou o voto pelo
impedimento. Meurer continuou afirmando que votaria contra, mas guardou
segredo e na hora votou sim. Outro voto festejado pela oposição.

Na planilha do Planalto, os seis votos estavam na conta de Dilma, só que
não.

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