O Cão – Política de Lei Comum é o sétimo livro publicado pelo autor de Filosofia Política, Marcus Vinicius de Oliveira. O livro possui no início uma tensão de desmascarar a cultura política vigente para um público comum. Assim, fazer política num sistema de predominância capitalista é tão somente aceitar os valores da ordem, como: individualismo e egocentrismo, pois em muitas pessoas ainda predomina os valores do Brasil rural e católico. Essa maneira de enxergar os costumes quase feudais pode ser uma espécie de agrura ou restrição diante das colisões sociais em busca da sobrevivência. Ou seja, para sobreviver sob a condição de uma sociedade extremamente capitalista, o indivíduo precisa dominar as ferramentas das virtudes desse sistema. O Brasil hoje é urbano e internacionalizado até nas pequenas cidades. Todos estão em contínuo conflito pelo Eldorado.
Mas o livro aborda também as características sociais, econômicas, políticas e culturais de cada estado brasileiro. O funcionamento do sistema liberal no Brasil e no mundo está tão agressivo e estúpido, que da mesma maneira como alavanca riquezas e fortunas, ele também despreza parte de uma sociedade sempre refém da indiferença social e política que de nada acolhem os mais simples. A sustentabilidade pode ser uma saída diante da megalomania espiritual das altas sociedades, que de maneira alguma toleram os efeitos da disparidade: crimes constantes e rotineiros, que precisam ser combatidos através de uma polícia cada vez mais desumana. É a exigência da Segurança Pública que parece segmentar o país em novas castas sociais, e assim definir a exclusão como parte da política cotidiana do país. A solução parece endurecer o Cão que existe até entre os mais simples. Ou seja, parece que humildade tem limite, assim como temperança. Eis o novo Brasil, um enorme Cão raivoso.
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