Nos últimos meses, a primeira-dama Janja tem protagonizado um desfile de momentos constrangedores que viraram munição nas redes sociais. As palavras escorregam: “atora”, “abrido”, “cidadões”, “poblema”… um repertório que faria qualquer professor de português pedir férias remuneradas.
Enquanto isso, a impressão que cresce é que Janja tem ocupado cada vez mais os holofotes — às vezes até mais que o próprio vice-presidente Geraldo Alckmin, que frequentemente aparece ofuscado nas cerimônias, como se estivesse ali apenas para segurar a prancheta enquanto ela faz o discurso. Para muita gente, parece que a primeira-dama tenta se firmar não só como figura simbólica, mas como protagonista política de fato.
Outro alvo recorrente de críticas é a gastança associada ao cartão corporativo, tema que virou combustível para debates acalorados. A sensação de falta de transparência — frequentemente mencionada por opositores — alimenta a narrativa de que existe um “escudo de sigilo” em torno das despesas da primeira-dama. Independentemente da precisão dessas acusações, o desgaste político está feito: onde há mistério, há especulação.
A combinação de gafes públicas, postura de protagonismo e ruídos sobre gastos transformou Janja em uma figura que divide opiniões dentro e fora da base aliada. O fato é que, em meio às trapalhadas linguísticas e aparições constantes, a primeira-dama parece determinada a não ser apenas um rosto decorativo do governo — ainda que, no caminho, acabe dando ao país um prato cheio para memes, críticas e especulações, além de se achar que a opinião dela é superimportante em todos os programas que o governo implanta.