Flávio Bolsonaro condiciona retirada da pré-candidatura à Presidência à elegibilidade do pai em 2026

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), recém-anunciado como pré-candidato do bolsonarismo à Presidência da República, afirmou que só desistirá da disputa caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteja “livre e nas urnas” em 2026. As declarações foram dadas em entrevista exibida neste domingo (7) pela Record e reforçadas em compromissos públicos ao longo do final de semana.

Segundo Flávio, sua decisão de concorrer ao Palácio do Planalto é “consciente” e não tem retorno diante do atual cenário político. No entanto, ele admitiu que existe uma condição para abrir mão da candidatura. “Meu preço é justiça. E não é só justiça comigo, é justiça com quase 60 milhões de brasileiros que foram sequestrados, que estão dentro de um cativeiro junto com o presidente Jair Messias Bolsonaro. Então, óbvio que não tem volta”, afirmou.

Questionado sobre a possibilidade de anistia aos condenados pelos supostos atos golpistas de 8 de Janeiro ser suficiente para que ele deixe a pré-candidatura, o senador foi direto: “Tem que ter Bolsonaro nas urnas”. Ele acrescentou que só recuaria caso o pai estivesse totalmente livre, “caminhando com seus netos pelas ruas de todo o Brasil”.

Jair Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e três meses por comandar uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 e está preso na Superintendência da Polícia Federal desde novembro. Além da prisão, o ex-presidente segue inelegível pela Lei da Ficha Limpa.

Flávio também comentou, em Brasília, que existe um “preço” político para sua desistência e que está disposto a negociar. Ele afirmou que se reunirá com lideranças, incluindo representantes do centrão, para discutir a pauta da anistia, tema que classificou como “quente”.

O lançamento do nome do senador coloca fim a semanas de especulações dentro do PL. Flávio reforçou que não se trata de “balão de ensaio” e que sua pré-candidatura pretende reavivar o entusiasmo do eleitorado bolsonarista. “O lançamento do meu nome vem para resgatar esse brilho, para esquentar o coração do brasileiro. Eu estou dando a cara a tapa e não tem volta. Eu só vou parar no dia da vitória”, declarou.

Enquanto isso, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), irmão do senador, permanece nos Estados Unidos desde o início do ano. Alegando “perseguições” do Judiciário, Eduardo tem atuado no exterior para pressionar autoridades norte-americanas a adotarem sanções contra o Brasil e membros do Supremo Tribunal Federal.

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