Chegamos ao ponto em que o Brasil parece governado por um truque barato de ilusionismo:
joga-se Bolsonaro na manchete e todo o resto some como mágica.
E essa mágica tem dono e mandatários: Lula da Silva, Alexandre de Moraes e José Dirceu!
A prisão do ex-presidente virou o escudo perfeito — uma cortina de fumaça tão espessa que permitiria esconder até um terremoto institucional se fosse necessário. Enquanto a população era bombardeada, dia após dia, pela mesma narrativa reciclada, assuntos infinitamente mais graves eram empurrados para o ralo com uma velocidade que beira o deboche.
As discussões sobre possíveis vínculos incômodos envolvendo Ministros do STF com o dono do banco Master Daniel Vorcaro?
Desapareceram!
De uma hora para outra, sumiram sem explicação, como se nunca tivessem existido, como se o país fosse composto por tolos incapazes de perceber o apagamento repentino.
O rombo colossal do INSS em mais de R$ 6,3 bilhões, que os próprios brasileiros estão pagando a conta e deveria causar escândalo nacional — virou nota de rodapé. Um buraco de bilhões escondido atrás de uma única prisão televisionada.
A quebradeira crescente das estatais, como os correios que afundaram no governo do PT e serão salvos com empréstimos da própria união em torno de R$ 20 bilhões?
Silêncio absoluto.
O que se vê são poucas manchetes na Vênus Platinada, que se delicia juntamente com blogs de paus-mandados em uma excelente verba do SECOM, relatando o dia-a-dia de um país que parece estar vivendo uma Ilha da Fantasia, seguindo claramente a cartilha ditada por um triunvirato de Lula, Xandão e José Dirceu.
Afinal, por que discutir o colapso de empresas públicas quando existe um adversário eleitoral perfeito para ser exibido em looping? E a COP 30?
O vexame internacional, rotulado de “a COP da Vergonha”, tratado lá fora como piada?
Aqui dentro, mal recebeu espaço — abafada com a eficiência de quem sabe exatamente o que está fazendo.
O que vemos hoje não é apenas desproporção.
É manipulação.
É controle narrativo.
É um país sendo conduzido como gado para olhar somente onde é conveniente.
O gado parece que já está com a cor vermelha e mudou de lado, em um outro piquete.
Não se trata de defender A ou B.
Trata-se de enxergar o óbvio: a luz está sempre apontada para o mesmo alvo porque, nas sombras, há muito a perder.
Quando uma prisão vira instrumento político; quando um escândalo é trocado por outro como se fossem cartas de baralho; quando o foco de um país inteiro é ditado por conveniência;
então estamos diante de algo muito maior que um problema de gestão:estamos diante de um projeto de poder arquitetado por Zé Dirceu há muito tempo.
A situação é triste porque vemos um país que aceita viver sob cortinas de fumaça e está condenado a nunca ver a verdade inteira.
A DIREÇÃO