Apesar de ser paranaense, a jovem militante profissional Camila Lanes é uma
das “lideranças” por trás dos protestos de alunos no estado de São Paulo
contra a reestruturação de escolas pretendida pelo governo Alckmin. Camila
é de Curitiba, filiada ao PCdoB e nas últimas eleições fez intensa campanha
pelas petistas Dilma Rousseff à presidência e Gleisi Hoffmann ao governo do
estado, tendo inclusive participado de peças publicitárias da campanha da
senadora – hoje envolvida no Petrolão.
A militância profissional é uma síntese do que se transformou o movimento
estudantil brasileiro sob o comando do PCdoB, partido agregado do PT.
Jovens filiados ao partido atuam intensivamente em universidades e escolas
para obterem o comando de entidades representantes. Para isso, não se
intimidam em utilizar expedientes como a filiação oculta de pessoas e
campanhas agressivas.
Embora dirijam entidades que deveriam defender os estudantes brasileiros,
não se tem conhecimento de que Camila e outros dirigentes da UBES e da UNE
tenham se mostrado contrários aos cortes bilionários do governo Dilma na
área de educação, nem as greves das universidades federais ou o calote do
programa Pronatec.
Pelo fato de não trabalharem, mesmo após deixarem a escola ou faculdade,
não se sabe ao certo como esses jovens são financiados e por quais recursos
que não sejam os obtidos através de entidades que deveriam representar os
estudantes. Camila, por exemplo, exibe em seus perfis no Facebook diversas
fotos de viagens a Brasília e outras cidades Brasil afora. A estadia de
Camila em São Paulo para comandar os protestos, por exemplo, é financiada