A Assembleia Legislativa manteve nesta quarta-feira (8) o veto do governador Beto Richa ao artigo 3º. da lei estadual 8.947/16, que proíbe o uso do fracking na exploração de gás no Paraná. A técnica não poderá ser utilizada pelos próximos 10 anos.
O veto de Richa deixou a lei ainda mais rigorosa ao excluir a palavra pesquisa do texto. O termo é interpretado no jargão do setor como perfuração de poços, segundo o coordenador da Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e Vida (Coesus), Juliano Bueno de Araújo, que solicitou a vedação da palavra na lei. Com a legislação, o Paraná é o primeiro Estado do país a suspender os avanços do “fracking” em seu território.
O fracking é o fraturamento hidráulico, técnica que c onsiste em perfurar poços que podem variar de 1,5 a 30 quilômetros de profundidade. Em cada um desses poços são injetados água, areia e produtos químicos poluentes. De acordo com os ambientalistas, o sistema é considerado obsoleto e preocupa pelos graves danos ao meio ambiente, à saúde e á economia, em especial a produção de alimentos.