Pois, pois. Foram justamente os deputados de partidos que integram a base de sustentação da presidente Dilma Rousseff (PT), os ditos “aliados”, que aprovaram o pedido de abertura de processo no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar contra o ex-petista do Paraná, André Vargas. Votaram favoravelmente ao relatório preliminar do deputado Júlio Delgado (PSB-MG) os peemedebistas Ronaldo Benedet (SC), Fábio Trad (MS) e Sérgio Morais (RS), do PSD José Carlos Araújo (BA) e Junji Abe (SP), Renzo Braz (PP-MG) e Marcos Rogério (PDT-RO) e Mendonça Júnior (PDT-BA). Completaram os 12 votos, um a mais que o necessário, os tucanos César Conalgo (ES) e Izalci (DF) e Ônix Lorenzoni (DEM-RS). Uma servidora da Câmara, segundo a agência Câmara Notícias, havia sido nomeada advogada dativa para representar André Vargas, já que o parlamentar não compareceu à reunião e também não enviou advogado para representá-lo. Agora ele terá 10 dias úteis para apresentar sua defesa escrita. O prazo começa a correr depois que o deputado for notificado. Além de uma viagem de jatinho paga pelo doleiro Alberto Youssef, há suspeitas de que Vargas teria intermediado interesses de Youssef em contratos com o Ministério da Saúde. O deputado pediu desfiliação do PT na sexta-feira (25), partido no qual militou por 25 anos, mas até agora seu desligamento da agremiação não foi formalizado na Câmara.
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