Candidato a presidente, Álvaro Dias sempre combateu a corrupção. Mas o inquérito da PF nº 186/2016 pode arranhar essa imagem. Em um e-mail enviado a Odebrecht, Samir Assad diz que o senador pediu R$ 5 milhões para enterrar a CPI do Cachoeira. As informações são de Maurício Lima na Veja.
No começo de 2015, Luis Eduardo da Rocha Soares, então diretor do Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht, encaminhou a um interlocutor um e-mail que recebeu de Samir Assad três anos antes para que ele procurasse maiores informações sobre o que estava narrado.
O e-mail tinha como assunto “CPMI – Cachoeira”. Nele, Assad informa que a empreiteira Andrade Gutierrez pagou R$ 30 milhões a parlamentares para “cortar” o assunto, ou seja: parar com as investigações da CPMI.
Nesta mesma mensagem, Samir informa que o Grupo UTC também contribuiu com recursos para a mesma finalidade. E explica que esses recursos eram insuficientes para que tivessem êxito na obstrução das investigações, porque o senador Álvaro Dias tinha pedido mais R$ 5 milhões.
Em anexo, foi enviada uma planilha de controle com o codinome “Alicate”, identificado como sendo o senador.