Ameaçado por Requião, Serraglio pode “colocar a boca no trombone”

678 lula e requiao final

O deputado federal Osmar Serraglio, presidente estadual do PMDB do Paraná, reagiu com indignação às ameaças de dissolução da Executiva estadual do partido pelo senador Roberto Requião, que é candidato do PMDB ao governo do estado, não se conforma com a situação do partido ser comandado por um político que não apóia sua candidatura.

Serraglio apoiou a aliança com o tucano Beto Richa. Nem Serraglio, nem Orlando Pessuti, secretário geral do PMDB do Paraná, apóiam Requião. Se vier tentativa de golpe, na reunião agendada pelo grupo de Requião na sexta-feira (15), o deputado avisou que vai reagir. Ou vai para a Justiça ou vai “colocar a boca no trombone”. Questionado sobre o que seria isso, é misterioso: “O tempo dirá”.

“Vocês estão falando com alguém que tem história no PMDB e que vai preservar sua história”, limitou-se a adiantar. Serraglio deixou claro que nem ele nem o ex-governador Orlando Pessuti pretendem se licenciar ou renunciar de seus postos em função das ameaças de Requião, que vem acenando com um “intervenção” no diretório estadual. Segundo Serraglio, se necessário, entrará na Justiça para garantir sua posição. Muito menos pensa em mudar de partido. “Já tive muitas oportunidades, mas sou, historicamente do PMDB. Eu faço parte da história do PMDB.

Segundo Serraglio, o PMDB é uma federação. A dissidência é normal, tem estados em que diretórios inteiros são dissidentes. Diretórios inteiros que não vão trabalhar para a Dilma e para o Michel Temer. Se a tese da punição a dissidência prosperar vamos ter de fechar o PMDB na Bahia, no Ceará, em Pernambuco, no Rio Grande do Sul, no Mato Grosso do Sul. Para nos tirar [do comando do PMDB] tem que ter um procedimento e esse procedimento não está sendo obedecido.

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