Apesar de projeto semelhante do pai, Requião Filho não vota com Richa*///*Rogério Galindo, Caixa Zero, Gazeta do Povo*///
O deputado Requião Filho (PMDB) vive uma situação curiosa. Por um lado,
está na oposição ao governo Beto Richa (PSDB) – no momento, talvez seja seu
crítico mais ácido. Por outro, terá de votar um projeto de Richa que é
muito semelhante ao que seu pai, o ex-governador Roberto Requião (PMDB),
apresentou.
O projeto cria alíquotas escalonadas para o imposto sobre heranças e
doações. Hoje, a alíquota única é de 4%, independente de quanto você herda.
Com o projeto, cria-se uma faixa de isenção (até R$ 25 mil) e depois o
imposto sobe gradualmente, até 8%.
Requião, em 2007, apresentou proposta semelhante. Isso faria com que o
filho votasse a favor da proposta de Richa? Não necessariamente. O deputado
sai da sinuca de bico dizendo que a faixa para a qual a alíquota sobe
(acima de R$ 375 mil já seriam cobrados 8%) é muito baixa.
“Neste momento, qualquer aumento de imposto é ruim. Se fosse para pegar só
milionários, ótimo. Mas hoje esse é o valor de um apartamento de dois
quartos”, diz o deputado.
Segundo Requião Filho, a diferença é que isenção no projeto de 2007 era de
até R$ 50 mil (R$ 80 mil corrigidos pela inflação) e que a faixa máxima na
época era de 6%. “Vou tentar uma emenda para mudar para esses valores”, diz.