APOSENTADORIAS POLÍTICAS! 

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Para os dois, pessoalmente, foi uma aposentadoria que já havia passado da hora. Para o eleitorado paranaense, contudo, foi apenas a resposta das duas atuações políticas como Roberto Requião (PT) e Álvaro Dias (POD), se posicionaram ao longo de sua vida pública sempre trabalhando como um servidor do povo que em dado momento viu que era hora da rescisão antecipada do contrato de trabalho, mesmo os dois não terem a carteira assinada.

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REQUIÃO, desgastado pelos 36 anos de atuação nesta área que o transformou em um político profissional. 

Foi de Prefeito de Curitiba a deputado estadual, passando pelo governo do Paraná por três vezes, e mais duas como senador, Roberto Requião cansou o eleitorado e no último domingo (02) recebeu um recado de ir para casa cuidar dos netos e, quem sabe, escrever um livro sobre sua história política. 

Nesta eleição resolveu dar guarida de um palanque ao Partido dos Trabalhadores na esperança de arrumar um cargo para a parentela no futuro ano de 2023, caso Lula vença a eleição neste segundo turno.

Durante a campanha  com poucos recursos e com falta de estrutura  ameaçou a desistência de sair candidato  e ir para a praia cuidar dos netos, mas foi convencido a continuar para garantir a reeleição do filho  Mauricinho que se assegurou na próxima legislatura da Assembleia.

Com uma carreira marcada pela arrogância, prepotência e dono da verdade as cortinas se fecham pra Roberto Requião e a coroa será jogada de cima para baixo encerrando um ciclo fatídico na história do Paraná.

O DESGASTE DE ÁLVARO

     Álvaro Dias, com 53 anos de vida pública, dezessete anos menos que o primeiro, pagou por uma imagem nesta eleição plantada pelo marqueteiro de Sergio Moro, o ex-secretário Marcelo Cattani de velha política e tratado como político profissional sem nenhum benefício ao estado nos último mandato de 2014 a 2022.

    Álvaro se tornou o senador com mais tempo da história do Estado, com 32 anos de cargo (cada mandato de senador tem oito anos). Em 2010 foi indicado para vice de José Serra a presidência, mas perdeu a vaga para Índio Costa, por ter sido rejeitado por outros partidos

     Na campanha de 2014, ao senado ganhou destaque ao aparecer na propaganda eleitoral gratuita com seu cachorro de estimação, o falecido Hugo Henrique. O cão da raça bichon frisé foi usado para que ele apresentasse um projeto seu que proíbe o uso dos animais para pesquisas e desenvolvimento de produtos cosméticos e de higiene pessoal. Além de sua aparição, aproveitou para ridicularizar Gomyde, dizendo que Hugo Henrique teria mais votos que ele. Em resposta, Gomyde distribuiu uma foto sua com uma onça pintada.

     Nos governos do PT, quando Lula era o presidente foi a fase em que mais Álvaro teve destaque na imprensa, pois acabou sendo uma das vozes forte da oposição contra os roubos e atos que se cometia naquela gestão ligada ao Valerioduto. 

     Em 2018 se candidatou a Presidência pelo PODEMOS ficando em 9° lugar com 859 mil votos, em uma votação pífia em todo estado do Paraná.

No lado partidário ele sempre esteve mais ao lado do PMDB, hoje MDB, após alguns anos se filiou também no PSDB e depois participando ativamente da fundação do PODEMOS, onde está até hoje.

    Era o favorito disparado nesta eleição com mais de 45 % a três meses da eleição ao senado, mas com dois adversários reforçados pela fama da lavajato e outro com o apoio do Presidente Bolsonaro e o governador Ratinho Jr., a candidatura derreteu e se dividiu colocando o senador fora do congresso em 2023.

    O páreo foi vencido por Sergio Moro, o ex-juiz que ele colocou no PODEMOS como afilhado político e que acabou encerrando a carreira de Álvaro mais cedo que se imaginava.

                    OS PIJAMAS POLÍTICOS 

    Os dois vestem a partir de agora o pijama político e vão assistir a distância, olhando pela janela do mundo, um novo Brasil do qual não farão parte em posição privilegiada como viveram durante tantos anos. 

    Poderão até sumir do cenário e ir cuidar de suas vidas de homens ricos, mas sem condições de voltar à política porque o eleitorado não perdoa. 

     São duas aposentadorias políticas que deixaram uma das marcas principais desta recém campanha em nosso Estado.

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