Gleisi Hoffmann (PT) enfrenta um racha em uma das suas principais bases: a APP-Sindicato. O partido está rachado em três chapas na disputa das eleições que ocorre amanhã (quarta-feira, 10). A briga tem motivo e não é por menos. A APP é um dos maiores sindicatos do Paraná e do Brasil. Só neste ano, o orçamento da entidade é de R$ 25 milhões – valor maior do que o orçamento de 85% dos municípios paranaenses.
De um lado está o grupo da ex-presidente Marlei da Silva, candidata a deputada federal, ligada a Democracia Socialista (corrente petista dirigida pelo deputado Professor Lemos) que se uniu em torno do professor Hermes Silva Leão A chapa de Hermes tem o apoio informal da CNB, corrente majoritária do PT ligada à Gleisi, mas por conta da briga interna na coordenação de campanha de Dilma, esse apoio pode ruir devido a insistência do grupo de Lemos em trocar Gleisi pelo deputado Dr. Rosinha como cabeça de chapa.
Segundo os defensores desta tese, Rosinha teria melhores condições de garantir um palanque que viabilize não perder cadeiras na Assembleia e na Câmara. Para os não-petistas do sindicato, esse racha pode fazer o grupo de Lemos, perder a direção da APP, onde estão há décadas, e ainda perderem espaço na campanha de Gleisi, dizimando as bancadas petistas nos legislativos.
Do outro lado está o candidato Professor Paixão, candidato a vereador de Curitiba nas últimas eleições e que conta com o apoio das correntes ligadas à Mirian Gonçaves, vice-prefeita de Curitiba. O grupo, que se diz apartidário, tende a dar apoio velado à candidatura de Requião ao governo. Por fora corre a professora Marcia Farherr, ligada ao PSTU, mas que também tem apoio de petistas que compõem a sua chapa.