APP-Sindicato quer “greve remunerada” e esconde os professores-marajás

greve

As lideranças da APP-Sindicato procuram novos pretextos para prosseguir, de forma interminável, com a greve dos professores. O sindicato já cruzou os braços contra o ajuste fiscal em fevereiro, contra a mudança na previdência estadual e agora por conta de percentual de aumento salarial. Não há como esconder a motivação política desse movimento transformista.

Agora os caciques da APP pretendem impor um “abono” antecipado das faltas (71 dias de greve este ano) sem qualquer garantia da reposição das aulas. Se o governo ceder, garante a manutenção da figura da “greve remunerada”, uma jabuticaba trabalhista que só existe, no mundo, no Brasil. Com o agravante que nada assegura, se o abono for concedido agora, que as aulas serão efetivamente repostas. Corre-se o risco de o governo ter de contratar professores para que a reposição seja efetuada.

A questão que se coloca é se o movimento tem fôlego político para continuar indefinidamente, conforme pretende a APP seguindo uma diretriz nebulosa e suspeita. O “coitadismo” dos professores que comoveu a sociedade paranaense começou a desmoronar quando o governo revelou os salários dos mestres no Portal da Transparência (www.portaldatransparencia.pr.gov.br/). É fácil verificar que a maioria dos professores ganha mais do que grande parte dos cidadãos que se solidarizam com os grevistas.

E mais, os professores tem aposentadoria especial (25 anos para as mulheres e 30 anos para os homens) e se aposentam com salário integral (https://www.youtube.com/watch?v=JKe_Ti_Yd5A) conforme a insuspeita líder grevista Marlei Fernandes.

A tese que os professores são representantes de uma categoria mal remunerada desaparece quando se analisa seus salários no Portal da Transparência. Para complicar as coisas, um levantamento dos 500 maiores salários da categorias mostra que é mais fácil encontrar ali marajás do que sacrificados servidores. A lista começa com uma professora de Planalto, que embolsa todo mês R$ 27.738,30. Remuneração que não faz má figura qualquer lugar do mundo. Ela prossegue com professores que ganham ótimos salários. A sociedade paranaense precisa começar a debater o que está, de fato, por trás dessa greve sem fim.

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