A reprovação ao governo da presidente Dilma Rousseff saltou de 64% para 68%
e o índice dos que a aprovam baixou a menos de 10%. De acordo com a
pesquisa CNI-Ibope, divulgada nesta quarta-feira, apenas 9% consideram que
ela faz um governo ótimo ou bom. Em março deste ano, quando foi feito o
levantamento anterior, esse índice era de 12%. Para 21%, o governo da
petista é regular. As informações são d’O Globo.
Segundo a série histórica da avaliação, feita desde março de 1986, na
gestão de José Sarney, o governo da petista só não tem desempenho pior que
o próprio Sarney — em junho e julho de 1989 ele tinha aprovação de 7% da
população. Dilma está no mesmo patamar em que o ex-presidente se encontrava
em novembro de 1989, com os mesmos 9%. Dilma teve uma avaliação pior até
mesmo que o ex-presidente Fernando Collor em seu pior momento, em agosto de
1992, às vésperas do impeachment. Na ocasião, a popularidade dele era de
12%.
A aprovação ao jeito de Dilma governar também caiu – passou de 19% para
15%. Já os que rejeitam a maneira como ela conduz a administração subiu de
78% para 83%. Apenas 2% não souberam ou não quiseram opinar.
A pesquisa demonstrou que os eleitores não confiam em Dilma. Segundo o
levantamento, 78% manifestaram-se dessa maneira – em março, eram 74%. Mas
20% afirmaram que confiam nela, um recuo de quatro pontos percentuais em
relação à última divulgação. A perspectiva para o restante do mandato
também não é das melhores. Para 61%, os últimos três anos e meio da gestão
da petista será ruim ou péssimo. Outros 23% avaliaram que será regular e
11% acreditam que vai melhorar.
O Ibope também perguntou sobre a percepção do eleitor a respeito do
noticiário envolvendo o governo. Nesse quesito, caiu de 72% para 64% os que
veem as notícias como desfavoráveis à gestão de Dilma e subiu de 13% para
17% aqueles que analisaram que as notícias não são nem favoráveis nem
desfavoráveis. Para 8% o noticiário é positivo e 11% não souberam ou não
quiseram responder.
Os assuntos mais lembrados pela população são a Operação
Lava-Jato/Petrobras (20%), mudanças na aposentadoria (16%), mudanças no
seguro desemprego (8%), corrupção no governo (6%), entre outros.
A pesquisa CNI-Ibope ouviu 2.002 eleitores, em 141 municípios, entre os
dias 18 e 21 de junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais para
mais ou para menos.