Araucária:FALTOU CADEIA PARA POLÍTICOS! Dois mandados de prisão temporária, 19 de prisão preventiva e 22 de busca e apreensão

foto araucaria

O Ministério Público do Paraná deflagrou Operação Sinecura em Araucária na quinta-feira (05) de abril. Oito pessoas foram presas. De acordo com o MP-PR, ao todo são 22 mandados de busca e apreensão e 19 de prisão, entre eles, vereadores do município, funcionários da prefeitura e o ex-prefeito Olizandro José Ferreira e Rui Sergio Souza (foto).A operação foi dividida em três fases: “Mensalinho” (o nome é autoexplicativo), “Alqueire de Ouro” (compra de terreno superfaturado) e “Vida Fácil” (propina que envolve construtora e terrenos da Cohab).
A Sinecuras é um complemento da Operação Fim de Feira, que investiga crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, peculato, crimes contra licitações, falsidade ideológica e estelionato.As prisões temporárias foram decretadas contra um empresário e uma ex-diretora financeira da Companhia de Habitação (Cohab) de Araucária. As preventivas atingem dois ex-prefeitos (Olizandro e Rui,que já está preso), três vereadores (as diligências em três gabinetes, dos vereadores Vanderlei Cabeleireiro, Francisco Carlos Cabrini e Roberto David da Mota, o Betão), sete ex-vereadores, um ex-secretário, três ex-servidores municipais, um empresário e dois corretores de imóveis.
A operação investiga, entre outros crimes, pagamentos a três vereadores e sete ex-vereadores, feito por pelo menos três empresas que tinham contratos com a Prefeitura, para compra de apoio a projetos do Executivo de interesse das empresas. Os valores pagos somam aproximadamente R$ 120 mil mensais, e o acordo em troca de apoio permitia aos vereadores a indicação de pelo menos cinco servidores para ocupação de cargos em comissão na prefeitura (alguns vereadores chegaram a indicar ocupantes para 11 cargos comissionados). A situação durou de janeiro de 2013 a julho de 2016, totalizando pagamentos de aproximadamente R$ 5 milhões, segundo as investigações. Os três vereadores que continuam nos cargos tiveram seus mandatos suspensos.
Superfaturamento – Outra denúncia investigada é a aquisição de um imóvel com valor superfaturado, por R$ 1,84 milhão, pela extinta Companhia de Desenvolvimento de Araucária (Codar), em agosto de 2016. Avaliações do imóvel indicaram um valor de no máximo R$ 1,1 milhão. A área estava sendo objeto de disputa judicial, por parte de terceiros que reivindicavam sua posse.
Propinas – Também é investigada a permuta de sete imóveis de empresas privadas por dois imóveis da Cohab, em meados de 2015, havendo a suspeita de que o então prefeito teria recebido propina em dinheiro e um imóvel em Curitiba para facilitar a permuta.

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