FONTE: BLOG DO FABIO CAMPANA—O novo capítulo da campanha contra o governador Beto Richa tem estranha versão embasada em depoimento de um personagem capaz dos atos mais sórdidos, a começar pela pedofilia e exploração sexual de mulheres.
Luiz Antonio de Souza, auditor fiscal, preso e acusado de particpar de um esquema de pedofilia e exploração sexual, flagrado em corrupção ativa no desvio de recursos do Estado, ao negociar os termos de sua delação premiada para amenizar as penas a que está sujeito e que podem deixá-lo o resto da vida na prisão decidiu envolver, mesmo que de forma indireta e difusa, a imagem do governdor em suas novas denúncias.
Com essa folha corrida, logo se vê que Luiz Antonio de Souza é capaz de qualquer coisa para salvar o seu pelo. Para escapar do pior, ele contou ao Ministério Público uma história muito mal narrada e que agrada certos ouvintes porque procura atingir ninguém menos que o próprio governador Beto Richa, do PSDB. Disse ele que a campanha de reeleição do governador recebeu R$ 2 milhões de recursos desviados da Receita Estadual.
O próprio Luiz Antonio de Souza admite que ficou com uma parte do total desviado. A ligação que faz entre seu ato espúrio e a campanha eleitoral do governador segue caminhos que carecem de melhor ficcionista para ser acreditada. Diz que recebeu ordem do inspetor-geral de fiscalização da Receita, Márcio Albuquerque de Lima.Este, por sua vez, teria recebido ordens de Luiz Abi Antoum, parente distante do governador, que a oposição quer fazer crer que era uma espécie de eminência parda do governo.
O certo é que Luiz Antonio de Souza nunca esteve com o governador Beto Richa, nunca tratou de qualquer questão com o governador, não participou de qualquer atividade do comitê financeiro da campanha de reeleição de Beto Richa. Por que, então, ele se propõe a denunciar o governador narrando uma trama na qual ele se insere por via de terceiros? É o que veremos a seguir.
Luiz Antônio de Souza tem duas razões muito fortes para fazer essa denúncia infundada. Primeiro porque precisa dissimular o que fez para aumentar seu patrimônio de forma escusa. Em segundo lugar, o mais grave. Gravíssimo. Ele tem vários processos e é investigado por pedofilia, crime inafiançável. E não quer apodrecer na prisão. Logo, se dispõe a servir a qualquer esquema, mesmo que isso
signifique participar do “assassinato de reputação” que tentam os adversários do governador Beto Richa, derrotados nas eleições de 5 de outubro, e que desde então se articulam para desestabilizar o governo.
Ora, pois, diante disso é inacreditável que esse depoimento seja levado à sério.
Suspeito de aliciar meninas, auditor fiscal tinha vida de luxo em Londrina
Casa em condomínio, empresas e carros de luxo. O patrimônio do auditor fiscal acusado de aliciar meninas em Londrina surpreendeu promotores e policiais. A investigação, até então motivada pela prisão do acusado em um motel, ganhou corpo quando agentes do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriram mandados de busca e apreensão na residência de Luiz Antônio de Souza, localizada em um condomínio da zona sul da cidade.
Foram apreendidos três veículos (Hyundai Santa Fé, Hyundai I30 e uma Mercedes Benz) e diversos objetos e produtos de luxo, como roupas, bolsas e relógios. O Ministério Público (MP) descobriu, ainda, que o auditor tem pelo menos três empresas na cidade, todas no nome de ‘laranjas’, e outros seis carros. “O patrimônio não é compatível à renda dele”, observou o promotor de Defesa do Patrimônio Público de Londrina, Renato de Lima Castro. Segundo ele, Souza ganha de R$ 20 mil a R$ 25 mil por mês como auditor da Receita Estadual.
Esse é o homem que faz acusações. Alguém pode acreditar em suas denúncias contra pessoa com quem nunca se relacionou?