Na esfera política paranaense muitos perguntam o que Jair Bolsonaro (PL) tem ingerido ultimamente em função das atitudes tomadas em relação a uma parceria que demonstrava ser inabalável com o governador Ratinho Jr. (PSD) e mais alguns líderes políticos do país.
Seria a inveja de alguns candidatos que podem tranquilamente aniquilar a sua carreira Política? Para se ter uma ideia no mês de março de 2024, quando anunciaram que Beto Richa seria o candidato do PL, a correria em direção a Brasília foi imediata para que aquilo não se tornasse realidade e em menos de um dia o fogo no parquinho foi apagado entre as duas siglas partidárias.
Ratinho Jr. e Jair Bolsonaro fumaram o cachimbo da paz e desde aquele dia, as dobradinhas no estado do Paraná foram fechadas , entre elas a entrada de Paulo Martins como vice de Eduardo Pimentel em Curitiba, a proibição de Elizabeth Schimdt de entrar no PL em Ponta Grossa , o apoio ao General Luna e Silva em Foz do Iguaçu, o vice de Thiago Amaral em Londrina entre outros apoios trocados no interior do estado.
Não durou seis meses e tivemos um filme totalmente diferente com relação a Jair Bolsonaro em Curitiba principalmente nos respectivos apoios. A imagem de traíra por ter declarado apoio a Cristina Graeml alguns dias antes da eleição ficou gravada para muitos militantes e adoradores do mito na capital do estado.
Nesta semana outro capítulo e este foi em uma entrevista na revista Veja que ao citar nomes como prováveis postulantes à Presidência da República fez questão de não falar o nome de Ratinho Jr. entre os possíveis indicados pelo PSD de Gilberto Kassab, pois ele está como inelegível até 2030.
Uma clara retaliação de que o nome o incomoda e pela sequência de números positivos revelados nas últimas pesquisas aqui no Paraná e nos estados do Sul. Lembrando que estes números do postulante paranaense foi maior que Lula e até Bolsonaro nos levantamentos.
REGISTRO DA CANDIDATURA MESMO INELEGÍVEL
Jair Bolsonaro (PL) disse também que pretende registrar candidatura para a Presidência da República em 2026, mesmo estando inelegível descartou outros nomes da direita que poderiam concorrer ao cargo, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).Apesar de chamar Tarcísio de “baita gestor”, Bolsonaro disse que só ele próprio tem chances de vencer as eleições de 2026 e que apoiaria o governador “só depois de enterrado”. “Estou vivo. Com todo o respeito, chance só tenho eu, o resto não tem nome nacional. O candidato sou eu”, reforçou. Bolsonaro tem duas condenações de inelegibilidade. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou o ex-presidente inelegível pela primeira vez em junho de 2023, por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação. O caso analisado envolveu a reunião com embaixadores, em julho de 2022, em que o expresidente fez ataques sem provas às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral. A segunda condenação foi proferida quatro meses depois. Os ministros entenderam que Bolsonaro e Braga Netto, que concorreu à vice em 2022, cometeram abuso de poder econômico ao usar as comemorações oficiais de 7 de setembro daquele ano para fins eleitorais.
Questionado pela revista se vê a possibilidade de reversão das condenações, Bolsonaro repetiu o discurso de sempre, defendendo que são “injustiças” e “perseguição”, e declarou que deve fazer o pedido de registro da sua candidatura no Tribunal Superior Eleitoral daqui dois anos, mesmo sem poder concorrer. “O pessoal já sabe, mas preciso massificar isso entre a população. Depois, as alternativas são o Parlamento, uma ação no STF, esperar o último momento para registrar a candidatura e o TSE que decida”, respondeu. PL da Anistia No Congresso, a esperança dos bolsonaristas é que o ex-presidente consiga ser incluído no PL da Anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Uma decisão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), nesta semana, no entanto, deve atrasar a tramitação da proposta. Ele retirou o PL da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e criou uma nova comissão especial para analisá-lo.
Embora Bolsonaro possa fazer o pedido de registro de candidatura em 2026, ele teria esse registro indeferido pelo TSE mesmo que não haja pedido de impugnação de sua candidatura. O ex-presidente até poderia recorrer da decisão, mas sem efeito. Estando inelegível, ele não pode ser candidato.Ele ainda elogiou Pablo Marçal (PRTB), que ficou em terceiro lugar na disputa à Prefeitura de São Paulo. “Inteligente”, disse. Mas criticou o influenciador por ter promovido uma ‘live’ com Guilherme Boulos (Psol) , segundo os detalhes da valor.globo.com.
ENTREVISTA:
Inelegível, ex-presidente elogiou aliados em entrevista à Veja, mas enfatizou que é o único com chances de sair vitorioso das urnas em 2026
Mesmo inelegível, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, em entrevista à revista Veja publicada na última sexta-feira (1º), que é o candidato da direita à Presidência da República em 2026.
Questionado sobre quem pretende apoiar nas próximas eleições presidenciais, Bolsonaro argumentou que é o único com chances de sair vitorioso das urnas daqui a dois anos.
“Falam em vários nomes. Tarcísio, Caiado, Zema…O Tarcísio é um baita gestor. Mas eu só falo depois de enterrado. Estou vivo. Com todo o respeito, chance só tenho eu, o resto não tem nome nacional. O candidato sou eu”, declarou Bolsonaro. (Neste trecho não citou o governador Ratinho Jr.)
Em junho de 2023, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou Bolsonaro inelegível por oito anos. Na ocasião, a Corte Eleitoral entendeu que o ex-presidente cometeu abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação ao fazer uma reunião com embaixadores, em julho de 2022, e atacar sem provas o sistema eleitoral.
Ao longo da entrevista, Bolsonaro reiterou que pretende disputar as eleições de 2026, criticou a decisão do TSE que o deixou inelegível por oito anos e disse ser vítima de uma perseguição.
“Eu pretendo disputar 2026. Não tem cabimento a minha inelegibilidade. O processo de abuso de poder político foi por ter me reunido com embaixadores antes do período eleitoral. Não ganhei um voto com isso. São injustiças, uma perseguição”, disse.
O ex-presidente apontou ainda como planeja reverter a decisão do TSE.
“O pessoal já sabe [que é uma perseguição], mas preciso massificar isso entre a população. Depois, as alternativas são o parlamento, uma ação no STF, esperar o último momento para registrar a candidatura e o TSE que decida”, explicou Bolsonaro.
“Não sou otimista, sou realista, mas estou preparado para qualquer coisa”, concluiu Bolsonaro que ainda sonha com a liberação de ser candidato, mesmo com um STF que já deu sinais claros que ele irá apenas sonhar com a vaga.
VEJA ALGUMAS RESPOSTAS DA ENTREVISTA NA VEJA:
“NÃO TENHO MEDO DE JULGAMENTO”
Sobre a chance de ser indiciado em breve pela PF (Polícia Federal), junto de seus aliados, no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado depois de ser derrotado por Lula, em 2022, afirmou que também é “perseguição”. “É só perseguição, sinto isso o tempo todo: baleia, leite condensado, cartão de vacina, golpe usando a Constituição. Dar golpe é a coisa mais fácil, pega uns malucos…, mas, e no dia seguinte? Nunca joguei fora das 4 linhas. Não tenho medo de julgamento, minha preocupação é quem vai me julgar”, disse Bolsonaro.
“INTERVEIO NA MINHA ELEIÇÃO”, DIZ SOBRE MORAES
“Nas últimas eleições, nós do PL enfrentamos a máquina estadual, a municipal e o Alexandre de Moraes, com aquelas buscas e apreensões. Ele interveio na minha eleição. Quando inventou o inquérito dos empresários golpistas, inibiu uma gama de gente que estava do meu lado. Agora, no caso da derrubada do X, perdi contato com milhões de pessoas. É a rede mais democrática que nós temos. Eles não querem censurar fake news nem barrar desinformação, querem censurar a verdade. A turma que está lá com o Moraes, como o pessoal da PF, são pessoas que trabalham atendendo ao desejo dele. ”
“QUERO UM JUDICIÁRIO FORTE”
“Não é bom ter um Senado para votar impeachment de quem quer que seja. Impeachment não é o ideal, significa que estamos vivendo uma anormalidade. Eu quero um Judiciário forte, isso é uma garantia para todos nós. Mas precisamos também ter equilíbrio entre os poderes. O Judiciário foi jogado na vala do partidarismo. ”
ATÉ QUANDO BOLSONARO IRÁ COM ESSA CONVERSA DE QUE SERÁ CANDIDATO, SE ESTÁ INELEGÍVEL ATÉ 2030?O STF NÃO LHE QUE VER NEM PINTADO !