Nesta quarta-feira, 6, um peemedebista desafeto do senador Roberto Requião (PMDB) atenta que a delação do auditor fiscal Luiz Antônio de Souza sobre o envolvimento de Requião em corrupção na Receita Estadual é mais grave do que parece. Simplesmente porque o outro envolvido na delação, o ex-secretário Heron Arzua (Fazenda), foi tesoureiro da maior parte das campanhas de Requião. “Não foi à toa ou por outro motivo que o pico de pressão subiu para 19: foram mexer com o tesoureiro das campanhas de Requião”, disse o desafeto do senador.
Nesta terça-feira, 5, Requião e Arzua protocolaram queixa-crime em conjunto por calúnia contra Souza. Segundo o advogado e assessor de Requião, Luiz Fernando Delazari, as informações prestadas por Souza ao MP são falsas. “Ele é um picareta e um fanfarrão. Por isso a sua delação, que é coisa muito séria, foi revogada”, afirmou.
Souza disse ao Gaeco que durante a gestão de Requião no governo do Estado os ‘acertos’ aconteciam não diretamente com os fiscais da Receita, mas no âmbito do conselho de contribuintes e recursos fiscais.
Segundo Souza, após as empresas serem atuadas elas podiam contratar serviços de advocacia de um escritório ligado a Heron Arzua, na época secretário da Fazenda. Com isso, obtinham vantagens no conselho, no qual uma filha de Arzua participava.
(foto: arquivo/google)