Parece que as novas concessionárias de pedágio no Paraná descobriram a fórmula do milagre econômico: enquanto o asfalto esquenta, o caixa ferve. Desde que assumiram as estradas em fevereiro de 2024, as concessionárias estão faturando e já com os reajustes previstos em contrato e segundo a Fiep, as empresas Via Araucária e EPR já arrecadaram R$ 400 milhões a mais do que o previsto em contrato.
Uma bagatela de Quatrocentos milhões! É tanto dinheiro que se juntar dá para asfaltar até a paciência do motorista paranaense.
Um ofício foi enviado para a ANTT, pela FIEP até foi generoso e pede que as duas concessionárias devolvam cerca de R$ 200 milhões dessa arrecadação, ou seja uma parte do faturamento.
Por que não pedir a integralidade se está no contrato?
As concessionárias Via Araucária e EPR, responsáveis respectivamente pelo Lote 1 e Lote 2 dos pedágios paranaenses.
O QUE DIZ O CONTRATO
O contrato assinado pelas concessionárias determina a aplicação de mecanismos para diminuir o risco de perda na arrecadação, baseado no número de veículos que cruzam as catracas e pagam pedágio. Ou seja, a ANTT, que fiscaliza a concessão das rodovias, prevê um limite máximo e mínimo para a arrecadação. Os limites foram estabelecidos com base em estudos que apontam o fluxo de veículos em cada praça de pedágio, com base em cada ano de concessão. Se o número de veículos for menor e a arrecadação mínima não for atingida, a ANTT deverá arcar com metade do prejuízo e pagar o valor às concessionárias. Nesse caso, o dinheiro usado sai de uma “conta seguro”, para evitar o aumento da tarifa. Se a concessionária arrecadar mais do que o limite previsto, o “excedente de arrecadação” deve ser devolvido. Nesse caso, a concessionária deposita o valor na Conta de Ajuste, que é movimentada apenas com autorização da ANTT e em casos específicos, como desconto nas tarifas, ou em novas obras que não estão previstas em contrato.
Até agora o ofício enviado em agosto não foi respondido pela ANTT. E nós, motoristas, seguimos no papel de coadjuvantes da grande novela “Meu Pedágio, Minha Vida”, onde o final feliz nunca chega — mas a fatura chega todo mês a todos usuários do sistema, pontualmente.
TURMA DE OLHO NOS PREFERIDOS:

Nos bastidores muita gente preocupada com o que vai acontecer no futuro com as empreiteiras, pois muita gente terceirizada, que além de pegar os piores serviços estão com pincel na mão com pagamentos há mais de 60 dias. Por outro lado, os melhores trabalhos estão caindo para um tal de MENSORI, lá do interior paulista, que anda bem faceiro, com as parcerias fechadas com superiores da infraestrutura…
