O deputado estadual Renato Freitas (PT) está novamente no centro de uma polêmica, desta vez acusado de reduzir gradativamente o salário de uma assessora grávida e exonerá-la no sétimo mês de gestação. A denúncia foi feita publicamente por Ricardo Oliveira, marido de Thamyres, ex-funcionária do gabinete do parlamentar ao blog Política Pr. Em um vídeo publicado nas redes sociais, Ricardo afirmou que sua companheira foi demitida sem justificativa e de forma imoral. “No ano passado, com sete meses de gravidez, a minha companheira Thamyres foi demitida pelo deputado estadual do Partido dos Trabalhadores, Renato Freitas, contra todo o direito, contra toda a justiça e contra toda a moral”, declarou.
REDUÇÃO SALARIAL
Dados obtidos no Portal da Transparência da Assembleia Legislativa do Paraná indicam que Thamyres recebia um salário bruto de R$ 5.626,14 em janeiro de 2024. No mês de setembro, o valor caiu para R$ 4.805,84 e, em outubro, foi reduzido para R$ 3.013,14 — com valor líquido de R$ 1.947,55. Em novembro, quando foi exonerada, recebeu apenas R$ 703,08 pelos dias trabalhados. Ricardo também criticou a postura do parlamentar, chamando-o de “hipócrita” e “demagogo”. “Na mesma semana em que ele fazia discurso sobre os salários na Alep, ele reduziu o da Thamyres ao mínimo possível que a Casa permite”, afirmou.
Por meio de nota, Renato Freitas alegou que a exoneração ocorreu em novembro de 2024 e que solicitou à Assembleia Legislativa o pagamento dos direitos trabalhistas da ex-assessora, incluindo o salário até o quinto mês após o parto. Segundo ele, os pagamentos são responsabilidade da Diretoria de Pessoal e da Procuradoria da Casa.
