JAIR BOLSONARO LOTA AVENIDA PAULISTA, NEGA O GOLPE E PEDE ANISTIA AOS PRESOS DE 08 DE JANEIRO

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniram na tarde deste domingo (25) na Avenida Paulista, em São Paulo. Vestindo camisetas amarelas, portando bandeiras do Brasil e de Israel, eles chegaram ao encontro em ônibus com placas do interior de São Paulo e de outros estados.

O ex-presidente, que está inelegível até 2030 por abuso de poder econômico pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), criticou as ações do Supremo Tribunal Federal (STF) e pediu anistia àqueles que foram condenados pelos ataques de 8 de janeiro. Ele chamou os condenados de “aliados”.

Bolsonaro é investigado pela Polícia Federal (PF) e pelo STF sobre o ataque de 8 de janeiro de 2023 à sede dos Três Poderes em Brasília – com tentativa de abolição do estado democrático de direito e de golpe de Estado. 

Segundo a CNN,em sua convocação para a manifestação dias antes, Bolsonaro pediu para que os presentes não levassem faixas ou cartazes “contra quem quer que seja”.Os dizeres perderam espaço, mas não desapareceram. Houve manifestações pontuais contra a Suprema Corte. A camiseta de um dos presentes pedia a destituição de ministros, por exemplo.Os ataques ao STF ficaram concentrados nas falas do pastor evangélico Silas Malafaia, organizador do evento.

“Como um ministro do STF tem lado? Ele não tem que combater a extrema-direita nem a extrema-esquerda. Ele é o guardião da Constituição”, afirmou Malafaia.“Mas vou deixar aqui uma palavra: ‘Se eles te prenderem você vai sair de lá exaltado. Você vai sair de lá exaltado. Se eles te prenderem, não vai ser pra sua destruição, mas para a destruição deles. Você vai sair de lá exaltado”, continuou o pastor.

Apoio a Israel

Se por um lado os cartazes contra o STF perderam espaço, por outro, ganharam força as bandeiras e dizeres em apoio a Israel, que desde o governo do ex-presidente marcam as manifestações pró-Bolsonaro.Nas últimas semanas o presidente Lula foi alvo de críticas por colocações sobre o conflito entre Israel e Hamas — chegando a ser considerado persona non grata no país do Oriente Médio.Com o assunto no centro da polarização política, o apoio a Israel esteve presente — além de em cartazes e bandeiras — nos discursos proferidos no trio elétrico do ato.

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